Gostaria na conclusão da minha pregação de hoje, falar em poucas palavras sobre essas coisas, à intenção de todos esses que recebem a revelação da Palavra de Deus e se identificam na promessa desta última hora. Sobretudo, por causa das virgens loucas que são confundidas com as prudentes nesta promessa da vinda do Esposo que caracteriza a mensagem do último tempo.
A obra da reconstrução do templo no tempo de Zorobabel iniciou com o levantamento do altar. E, antes mesmo que os alicerces do templo sejam postos, o povo ofereceu holocausto sobre este altar de manhã e à tarde. O que significa isto? Uma alegoria, uma ilustração ou figura do que aconteceu na nova aliança. Antes dos apóstolos edificarem os alicerces ou fundamentos da igreja, o altar de Deus da nova aliança já tivera sido levantado por um outro ministério antes deles, mas todavia, pelo mesmo Espírito. Aquele de quem estava escrito: “Eis que enviou meu anjo – mensageiro – que preparará o caminho diante de mim” (Mal.3:1; Mat.11:10). Apesar da uniformidade da sua mensagem (pois todos eles pregaram o arrependimento a fim de herdar o reino do céu – lembrai-vos do que eu disse mais em cima? Mesmo Espírito numa geração, mesma mensagem) foi João Baptista, e não os apóstolos, que pelo seu ministério, levantou o altar da nova aliança. Dizendo: “Éste é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, ele indicava não somente o altar de Deus mas também o holocausto do novo testamento, convertendo assim o coração (ou fé) dos pais em Israel aos filhos herdeiros da promessa de Joel 2, como o confirma o apóstolo Pedro na sua primeira pregação no dia de pentecostes. Assim se cumpria a primeira parte de Mal.4:6. O povo humilde, os publicanos e gente de má vida, até samaritanos adoraram Deus neste altar em verdade e glorificaram Jesus Cristo, muito antes que o fundamento da Igreja seja posto pelos apóstolos do Senhor. Isto é de manhã ou na era primitiva. Logo à seguir esta geração, ao longo dos séculos que nos antecederam, a verdade foi levada presa. Mas a profecia anunciava que “haverá luz à tarde” (Zac.14:12). Para tal, o altar de Deus devia ser de novo levantado para oferecer o sacrifício da tarde.
E Deus tornou a trazer as mesmas coisas. ELE É IMUTÁVEL NOS SEUS CAMINHOS. Segundo a lei da dupla referência no cumprimento das profecias bíblicas, para reedificar o altar do Senhor na Igreja, a promessa de Mal.4:6 na sua segunda parte devia revelar o mesmo ministério do profeta Elias que animou João Baptista, e o herdeiro dessa promessa seria o mesmo identificado na revelação do Apocalipse como o “anjo da igreja de Laodiceia”. E, este homem do Conselho de Deus, porque deve ser um homem e nada mais (não foi dito à João: “Escreve ao anjo”? Como pois, um homem que está na terra poderá escrever à um ser celestial, ó homens sem inteligencia?), recebeu do Senhor a missão de “converter o coração dos filhos aos pais”. Isto é, como précursor da obra de restauração da Igreja, restabeleceu a fé desses filhos que viriam profetizar no último tempo, na doutrina primitiva em comunhão com os pais pelo mesmo Espírito. Como também o profetizou Jeremias:
“Assim diz o Senhor: Ponde-vos à margem no caminho (fora dos acampamentos da denominações religiosas) e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho; andai por ele e achareis descanso para a vossa alma” (Jer.6:16)
Não julgai segundo as aparências, olhando aos homens do que à Deus. Confirmando a promessa de Elias o profeta que havia de vir, não foi dito a Zacarias pelo anjo do Senhor que seu filho será uma reincarnação do profeta Elias, mas sim que João Baptista marchará diante do Senhor: “no espírito e poder de Elias” (Lc.1:13-17). Marchar “no espírito” de alguém quer dizer “fazer como ele”. O que foi na primeira vinda de Jesus é exactamente o que aconteceu na vespéra da sua segunda vinda. O profeta Elias não vem no mundo, não. Mas, um homem se levantou no meio da Igreja “no espírito” de Elias, segundo a promessa de Mal.4:6b, e reedificou o altar do Deus vivo na Igreja isto é, trazendo a igreja de volta na fé primitiva segundo a doutrina apostólica pela mensagem da sua pregação (é isto que significa: “converter o coração dos filhos aos pais”); dando assim início à gloriosa obra da Restauração da Igreja de Jesus Cristo no fundamento primitivo pelos filhos, como isto foi também anunciado pelo profeta Joel. Pois, somente tais servos de Deus poderão pela comunhão com os pais (1Jo.1:1-3) guardar o mandamento e edificar sobre o fundamento primitivo, segundo o que está escrito:
“Não removas os limites antigos que deixaram teus pais “ (Prov. 22:28)
É isto o que está revelado no Conselho de Deus, todo o resto representa as interpretações particulares da Palavra de Deus, para a ruina dos que seguem esta via. Se é que reconheceram a administração ou dispensação da graça de Deus que me foi dada para falar-vos dessas coisas. Disse Jesus à mulher samaritana: “Se conheceras o dom de Deus...” (Jo.4:10). Não julgais pois segundo as aparências!
Que Deus vos abençoe!