AS INCOERÊNCIAS E CONTRADIÇÕES FLAGRANTES COM AS ESCRITURAS
    1. O ASPECTO FÍSICO DE JESUS (Is.53:2):

 

Examinando sem tendências, parcialidade nem emoções as várias representações de Jesus em imagens, a pergunta que todo aquele que ama a sua alma deve se fazer é a seguinte: QUAL É O VERDADEIRO ROSTO DE JESUS? Senão… e vou continuar a insistir sobre a própria lógica dos que defendem essas práticas: se a imagem ou figura não tem semelhança com o protótipo que ela representa; é claro que está se adorar um demónio; um anjo de trevas que se faz passar por Jesus.
         Se Deus proibiu que se fizessem essas imagens. E nós sabemos que O Conselho de Deus é inalterável. Aqui vai a pergunta: aquele artista que pintou o rosto de Jesus, inspirou-se de quem? Quer seja Leonard de Vinci, Picasso, J. Heinrich Hofmann, ou ainda um outro artista: tal inspiração não vem de Deus! Não, não e não! Não digam que foi O Espírito Santo que inspirou essas artistas. Não é verdade!
Li certos artigos falando de uma jovem artista Akiane que afirmou ter passado por uma experiência fora do corpo (projecção da consciência), durante a qual um espírito a visitou. E que durante a noite quando dormia, foi arrebatado no Paraíso; e que Deus teria atendido o seu pedido em lhe mostrar como era Jesus para o desenhar. Digo-vos isso por tudo que é mais sagrado: Não acreditem nessas fábulas, meus irmãos! O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacob não pode fazer isso!
Li ainda que a ciência forense fez uma reconstituição do rosto de Jesus à partir da tecnologia mais sofisticadas em 3D, etc. Não acreditem nessas histórias! Deus não está neste negócio! Se quiser aprender alguma coisa sobre Deus, façam isso a partir da própria ciência de Deus: Sua própria Palavra.
Nessas IMAGENS, os artistas contradizem o testemunho das Escrituras. Olhando por essas representações de Jesus, quer por católicos, adventistas, nas brochuras das Testemunhas de Jeová, pelos branhamistas, etc. não encontramos em nenhuma dessas figuras uma representação que se enquadra com a descrição que as profecias das escrituras fazem deste mesmo Jesus.
Um dia veio na carne; quando O Logos se encarnou em Jesus de Nazaré. A Bíblia nos ensina que Deus estava em Cristo, reconciliando o mundo consigo mesmo. Jesus afirmou: “Quem me vê a mim, vê o Pai”. Se a aparência física de Jesus fosse tão importante na nossa adoração, porque que os apóstolos e discípulos da primeira hora que o viram e o apalparam não tiveram o cuidado de nos deixar uma imagem dele? Será que não havia em Israel alguém capaz de o desenhar? Eis que ninguém o fez! Porque? Certamente, por causa do mandamento de Ex.20:1-5.
Reparem que mesmo no templo e sinagogas dos judeus não haviam imagens representando os profetas como Moisés ou Elias, o rei David, etc. São os pagãos agrupados no cristianismo corrompido que fizeram essas representações. Os judeus à quem os oráculos de Deus foram confiados, abstiveram-se de fazer isso. Eles sabiam que Deus não se compadece com a idolatria. Eis porque nas assembleias de discípulos do Cristo na era primitiva, não havia também imagens representando O Senhor Jesus nos locais de cultos… Até que o Evangelho foi anunciado às nações; e que os pagãos que (ao contrário dos judeus) não conheciam os oráculos de Deus por não os ter recebidos antes, contaminaram e corromperam a fé dos cristãos, acrescentando-lha suas crenças mitológicas.
Sobre Jesus… nenhuma das testemunhas oculares de Jesus deu-se o trabalho de nos fazer pelo menos uma mera descrição da Sua aparência física. Temos por exemplo uma descrição do rei Saul na Bíblia que nos diz que ele ultrapassava todo o exército de Israel de uma cabeça. Assim soubemos que era um homem grande. Temos também uma descrição de Eliabe, o irmão mais velho de David; um homem grande com uma boa aparência. A Bíblia descreve o próprio David, no dia em que foi ungido por Samuel, como um ruivo, de belos olhos e de gentil aspecto (1Sam.16:12). A escritura de 2Sam.14;25,26 enaltece a beleza física do seu filho Absalão, elogiada por todos; e que não tinha nenhuma deformidade da cabeça aos pés, e que era muito cabeludo, etc. Daí a deduzir que Jesus de Nazaré era também assim?
Todavia, na resposta de Deus a Samuel quando este viu Eliabe (1Sam.7:16), vimos que Deus não se importa com a aparência física na escolha de Seus instrumentos; mas com aquilo que está por dentro do homem. E não é nesta polémica que eu quer dirigir a mensagem de hoje.
A única descrição de Jesus vindo na carne que temos na Bíblia é aquela feita pelo profeta Isaías (Is.53:2). Esta profecia não só prediz com clarividência a vinda d’Aquele que é olhado como o Messias na terra; mas fala também do seu ministério, seu calvário, sua crucifixão entre os impios e sua sepultura entre os ricos. E, todos nós sabemos que essas coisas se cumpriram em Jesus de Nazaré. Absolutamente!
No versículo 2, podemos ler o seguinte: não tinha formosura nem beleza; e quando olhávamos para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos.” Se acreditamos que todas essas coisas preanunciadas na profecia de Isaías 53 tiveram cumprimento em Jesus de Nazaré: a encarnação do Messias. Este Cristo que O Senhor-Deus esmagou, fazendo-O enfermar; tendo sido feito como oferta pelo pecado; e que foi oprimido e afligido, mas não abriu a boca. Sofrendo a morte da cruz no meio de dois bandidos (os impios previamente anunciados na profecia), e tendo recebido sepultura com o rico por intermédio de José de Arimateia. Dizia eu que, se acreditamos que tudo isso se referiu e se cumpriu em Jesus de Nazaré, porque não acreditaríamos naquilo que foi dito no versículo 2 (sendo esta a única descrição física feita do Messias nos dias da Sua carne)? Pela simples razão que o Jesus das pinturas é o reflexo do imaginário colectivo que se representa Jesus daquela maneira; ou quer O ver assim.
Todavia, à luz das escrituras, compreendemos que Jesus Cristo não tinha pois uma beleza física de “encher os olhos” como se diz. A versão do King James traduz assim: “Ele não aparentava qualquer formosura ou majestade que pudesse atrair os seres humanos, nada havia em seu aspecto físico pelo que pudéssemos ser cativados. Se o contrário fosse verdade, a Bíblia não faria a mesma descrição de Jesus, como o fez de Absalão por exemplo?
   A profecia bíblica não disse que se tratava de um homem feio, não! Mas, salienta que de ponto de visto humano Jesus de Nazaré, O Cristo, não tinha a aparência daqueles que facilmente atraem o olhar humano sobre este aspecto meramente físico. Não tinha alguma beleza física igual àquela que espanta ou maravilha quem o vê. Ele não era um homem fisicamente atraente! Eis o que significa: não tinha formosura nem beleza; e quando olhávamos para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos”! Na Sua encarnação, Ele veio como um simples homem! Despojando-se de tudo incluindo glória e beleza.
Agora, em que deve se fundamentar a nossa fé? Senão no testemunho das Escrituras (pois a Escritura não pode ser anulada). Ora, se repararmos em todas essas imagens ou representações que os homens fazem hoje de Jesus, nenhuma delas corresponde ao que nos diz a Bíblia à respeito dele.
Em todos os quadros representativos do rosto de Jesus; da última ceia; nos filmes; nas brochuras, etc. Jesus nos é sempre apresentado como o mais belo homem no meio de todos: Um Cristo mui formoso e charmoso; geralmente com cabelo comprido.
Mas, reparem numa coisa: Se Jesus fosse assim tão atraente em relação a todos os seus discípulos, porque que no dia em que os judeus O procuravam para O prender, tiveram que combinar com Judas o sinal (neste caso o beijo) para reconhecer o homem que procuravam. Não teria sido mais fácil Judas dizer-lhes: “Prendem o homem mais belo de todos; aquele de cabelo comprido e de olhos azuis (já que poucos são os homens com aquela cor de olhos) ”? Mas, eis que os judeus precisavam de um sinal para reconhecer Jesus no meio de outros homens. E pagaram muito por isso: trinta moedas de prata. Como explicar tal pormenor, com toda a fama que precedia Este profeta vindo de Galileia em todos lugares por onde passava naquele tempo; e o alvoroço que Ele causava em todo país naqueles últimos dias? A explicação é simples; e é aquela que nos é dada na Escritura: “Ele (Jesus de Nazaré) não aparentava qualquer formosura ou majestade que pudesse atrair os seres humanos, nada havia em seu aspecto físico pelo que pudéssemos ser cativados (Is.53:2). Nem formosura, significa: nem beleza, nem boniteza, nem lindeza… Entendem isso?
O Nome de Jesus tornara-se tão célebre (Mc.6:14) ao ponto de chegar aos ouvidos das autoridades. A sua fama suscitava sentimentos contraditórios nas pessoas. É o caso de Herodes o Tetrarca que, ora movido por ciúmes queria matá-Lo; e ora movido pela curiosidade desejava vê-Lo. Mas, no dia em que Jesus compareceu diante dele, Herodes O desprezou e escarneceu-se dele junto com seus soldados. (Lc:23:8-11) Sabeis porque? Porque Jesus de Nazaré “não aparentava qualquer majestade que pudesse atrair os seres humanos.
Reparem na surpresa do governador Pilatos no dia em que Jesus compareceu perante ele: “És tu o rei dos judeus”? Ao que respondeu Jesus: “O meu reino não é deste mundo…”. Voltou a perguntar Pilatos. “Logo tu és rei?” (Jo.18:33-37). Qual era o problema de Pilatos? Tão simples quanto isso: Este homem Jesus que estava perante dele não aparentava qualquer formosura ou majestade que possa justificar um tal título aos olhos dos homens.
Eu já ouvi algum pregador fazendo a apologia do enfeito exterior afirmar: “Devemos vestir ricamente e sempre bem apresentado. Olhem para Jesus: Ele vestia-se de fino linho puro”. Mentira! Jesus aparece trajando assim nas visões celestiais e gloriosas. E, sabemos o que isto significa! Pois, à Sua noiva foi providenciado de vestir também da mesma maneira. Assim como também os exércitos dos céus que acompanham O Senhor da glória (Apoc.19:8,14). Todavia, nos dias da sua carne, Jesus não trajava-se deste jeito… à maneira de um rei. A única vez que Jesus revestiu na carne, um manto ou roupa resplandecente, foi Herodes quem o emprestou (Lc.23:11). Para se zombar deste suposto “rei”, que não aparentava qualquer formosura ou majestade
Todavia, não é esta impressão que ficamos com ele quando olhamos pelos quadros pintados de “Jesus”. Na verdade, olhando para Jesus de Nazaré, podia se dizer que era “um simples homem”, tal como o afirmava os judeus que contendiam com Ele.
De onde veio essa tendência obsessiva de representar Jesus tal como o vemos assim? Certamente não de Deus! Não estaríamos, deste modo, a adorar ou venerar um “outro deus” que os homens nos apresentaram como sendo Jesus? Aqui está a astúcia do diabo que levou inúmeras pessoas na idolatria! Pois o mandamento diz: “Não terás outros deuses diante de mim.”
         Sejais apercebidos disso, ó iconófilos! Se esses “Jesus” que nos são desenhados em imagens não representam o Verdadeiro rosto humano do Messias (o protótipo) … se a imagem não tiver a semelhança daquele que ela representa, quem estaríamos nós a adorar ou venerar neste momento? Não seria um falso “Jesus”? Isto é: um falso deus; como o bezerro de ouro feito por Arão? 
Desafio qualquer desenhador, artista plástico ou pintor em nos dizer: quem foi que lhe revelou “Jesus” para o desenhar; já que ninguém o viu na carne. Pelo que, repito: tal inspiração não vem de Deus! Como pois O mesmo Senhor que ordenou, dizendo: “Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu…”, inspiraria agora um desenhador ou pintor para fazer o que Ele mesmo proibiu e cair no anátema? É Deus que está Se contradizer, ou então alguém que está tentar nos enganar? Para os que acham que tais imagens podem ser da autoria de Deus, queremos lembrar que, de acordo com o que está escrito:
 “Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.” (Tg.1:17).
Isso estende-se à todos, no que diz respeito as coisas de Deus: se alguém pretende que uma graça divina lhe foi feita, e que teria recebido de Deus um dom qualquer; este deve concordar nas suas realizações, actos ou obras com tudo que foi predeterminado, prescrito ou ordenado no imutável Conselho (ou Plano) de Deus. Caso contrário, estaríamos perante uma fraude. Agora… este dom que julgai excelente ou quase perfeito de um desenhador ou artista humano, não pode desenhar ou representar Deus; contra a Sua própria vontade. Não! E, Ele dá o seguinte testemunho de Si mesmo: “Eu, o Senhor, não mudo” (Mal.3:6).

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