E… O GALO CANTOU!
Quem é este galo que canta no meio da noite? Quando este galo cantou… será que todos que estavam lá assentados não o ouviram? O que significava esse canto do galo para aquela multidão de zombadores? Nada!
Tal não era o caso para Pedro! O canto daquele galo foi um sinal profético para o verdadeiro adorador; um sinal despertador que levou Pedro à reconsiderar os seus caminhos; à se arrepender e voltar para Deus.
Se o canto do galo nada significava para esses religiosos, assentados lá no pátio do sumo-sacerdote; todavia para Pedro, era mais do que um som inanimado. Tratava-se de uma verdadeira mensagem divina que tirou o verdadeiro adorador do sono espiritual onde se encontrava mergulhado. É a mesma coisa com as calamidades que assolam a terra nestes últimos dias, de acordo com a profecia de Jesus em Mat.24. E, pese embora esses sinais nada significar para os homens deste mundo; contudo, para nós que recebemos essas palavras do Senhor, essas calamidades que se abatem na terra são sinais de tempos; semelhantes à trombetas que nos despertam do sono espiritual e nos recordam que o fim está próximo de acordo com a profecia do Cristo. Mas, que antes do fim, o Evangelho do Reino (a verdadeira mensagem da Palavra de Deus) será de novo anunciado sobre a terra… ENTÃO VIRÁ O FIM (Mat.24 :14).
O canto do galo trouxe à memória do Pedro as palavras do Senhor; confirmou a apostasia reinante no meio em que se encontrava mergulhado, assim como o “Assim diz o Senhor”: “Sai do meio deles povo Meu”.
Semelhante as virgens que se despertam do sono ao clamor da meia-noite que anuncia às sabias ou prudentes que, para elas: A noite está acabada e que já é chegada a hora de despertar do sono porque a salvação estava próxima (Rom.13:11,12); Pedro separou-se dos zombadores e saiu do pátio da religião. Ele saiu fora daquele arraial, levando consigo o vitupério do Cristo.
Hoje, nesta noite de grande apostasia para a Igreja, existe também uma promessa de restauração. E, no meio dessa noite, se fará ouvir um clamor (Mat.25:6) e, o povo de Deus se apartará da falsidade e andará na Verdade; à luz da face do Senhor.
Pedro, desesperado viu Jesus partir, mas a Palavra da promessa dizia que Este iria ressuscitar dos mortos. Da mesma maneira que hoje, muitos já deixaram de acreditar na Verdade; mas de acordo com a profecia, virá tempos de refrigério da parte do Senhor e Deus restaurará todas as coisas antes da vinda do Senhor. Pois, está determinado no Conselho de Deus que, antes do fim, a verdadeira doutrina será de novo anunciada em toda Verdade, para servir de testemunho à todos, então virá o fim (Mat.24:14; Act.3:19-21; Zac.4:6-9, etc.).
Mais uma coisa… quando o galo cantou, Jesus olhou para Pedro. A multidão nem sabia o que estava à acontecer. Ninguém deu-se conta do que estava à acontecer naquele mesmo instante na vida e na fé de Pedro. Aquilo que para muitos não passava de um simples cantar de galo soou aos ouvidos de Pedro como uma verdadeira trombeta que ordenava a partida dos arraiais ou saída dos acampamentos (Nu.10:2). De mesmo hoje, e de acordo com At.3:19-21; ao ecoar o clamor da meia-noite, a presença do Senhor se manifesta. O Senhor Jesus olha para Sua Esposa, e o Consolador, o Espírito Santo, nos faz lembrar tudo sobre a doutrina do Senhor e nos anuncia o que há-de vir (“Vem aí o Esposo! Sai-Lhe ao encontro”). Aqui estão os tempos de refrigérios pela presença do Senhor. E, à partir deste momento, o Espírito Santo é quem conduz os eleitos em toda Verdade, de acordo com a promessa (Jo.14:26; 16:13-15).
Lembramo-nos que naquela noite, e naquele pátio do sumo-sacerdote, todos estavam lá reunidos: os verdadeiros e os falsos adoradores, os zombadores e os opositores, os acusadores e as falsas testemunhas. Contudo, nunca devemos nos esquecer de que Jesus era o tema central da reunião daquela noite. Um verdadeiro sinal de contradição para a queda e a elevação de muitos, como dizia a profecia à Seu respeito (Lc.2:34). Hoje, no fim dos tempos o pátio do templo de Deus foi profanado pelas nações. Jesus Cristo permanece o tema central de todas as pregações quer na boca dos verdadeiros como dos falsos adoradores, dos zombadores e opositores na sã doutrina; dos acusadores dos que querem viver segundo a verdadeira piedade, como das falsas testemunhas que, nas nossas reuniões, cometem verdadeiros escândalos em Nome de Jesus (1Tim.6:3-5; 2Pe.2:12-22; Jud.10-17). Se, a verdadeira fé vem pelo ouvir a mensagem da Palavra de Deus (Rom.10:17), é inegável que os que desviam o ouvido dessa verdadeira Palavra para escutar as fábulas acabam por cair na apostasia (que é justamente a rejeição da fé verdadeira). Foi o que aconteceu com Pedro, sentado nos meios dos zombadores e distraindo-se com os seus discursos. É o que acontece com muitos hoje que não sabem discernir as verdadeiras palavras de Deus dos discursos profanos que caracterizam as pregações de muitos servos das igrejas. Essas sermões para além de trair o Senhor nos Seus ensinamentos e O livrar na vergonha no meio das nações, ensinam aos homens à se desviar do Santo mandamento, negando assim o Senhor que os resgatou.
Saiamos pois, como Pedro, dos arraiais das religiões; fora das portas. Levando o opróbrio do Cristo, como está escrito (Heb.13:13). Já chegou a hora para nós de nos apartar do formalismo religioso (como Pedro o fez naquela noite), não temendo a ira dos zombadores, escarnecedores ou outros opositores, contraditores ou maldizentes. Trata-se do regresso no fundamento original, com vista a herança das promessas. Vamos caminhar de novo, no bom e antigo caminho por onde andaram nossos pais, e que conduz ao descanso das almas (Jer.6:16). Tais as virgens prudentes que vão ao encontro do Esposo.
Pois, se o galo cantou aquela noite, foi para despertar Pedro no meio daquela geração incrédula. Mas uma outra noite está diante de nós… uma noite em que a escuridão é total (Es.60:1,2), e que representa a grande apostasia anunciada na Palavra profética; momento em que o mundo vai se afastar completamente da Palavra do Cristo. Noite em que a sã doutrina escandalizará à muitos e será rejeitada. Tempos em que os que querem viver na verdadeira piedade serão perseguidos e atormentados pela multidão de zombadores. Mas, tal como aconteceu com Pedro ao CANTAR DO GALO, de mesmo modo para nós, a Igreja já chegada no fim dos tempos, o clamor da meia-noite proclama o reavivamento que desperta e conduz as virgens sábias fora da confusão. Porque, repito: os eleitos de Deus sabem que para eles A NOITE ESTÁ ACABADA E JÁ É HORA DE DESPERTAR DO SONO. Não se esquecem de que meia-noite, apesar da escuridão ainda manifesta na natureza, anuncia todavia O FIM DA NOITE e o começo de um novo dia para os que se encontra acordados naquela hora; pois para os que dormem naquele momento trata-se ainda da noite profunda (A bom entendedor…). Todavia não se manifesta claramente esse Dia apenas quando a luz do sol começa a iluminar a terra? Pelo que bem fizemos de atentar nessa Palavra profética que nos é anunciada hoje, pois ela é a luz que brilha no meio da noite, até que o dia amanheça e que a Estrela da alva se manifesta (2Pe.1:19). Quem pode compreender isso compreende!
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