ELE FEZ DONS AOS HOMENS
(Ef.4 :7-12)
Considerai Moisés…. Pese embora lhe ter sido dito pelo próprio Senhor-Deus: “Eis que te tenho posto como Deus a Faraó…” (Ex.7:1). Tratava-se de facto de uma incumbência especial ou singular. E, é o mandato que é especial… não o homem ; o enviado. A comissão terminada, ele volta à ser um homem como qualquer outro. Eis o que O Senhor Jesus queria nos ensinar na Escritura de Lc. 17:7-10; nomeadamente quando disse nos versículos 9 e 10:
“Porventuraagradecerá ao servo, porque este fez o que lhe foi mandado?Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis; fizemos somente o que devíamos fazer.”
Entenderam aquilo? Servos inúteis: Eis o que somos, todos nós, depois de ter cumprido fielmente o que nos for mandado! E quando morre um desses servos fiéis; é como um simples homem que ele morre. E descansa, aguardando a sua própria recompensa:
“Tu, porém, vai-te, até que chegue o fim; pois descansarás, e estarás no teu quinhão ao fim dos dias.” (Dan.12:13)
Pois que?
“Eu disse: Vós sois deuses, e filhos do Altíssimo, todos vós.Todavia, como homens, haveis de morrer e, como qualquer dos príncipes, haveis de cair.” (Sal.82:7).
E, as sagradas escrituras não deixam nenhuma dúvida a esse respeito.
Considerai o caso desses dois profetas de que mais se falam: Moisés e Elias… O primeiro morreu como qualquer homem. Satanás veio o reclamar; seus anjos disputaram o seu corpo com os anjos de Deus. Ora, nós sabemos que Satanás não pode presumir-se de nenhuma autoridade sobre Deus. É absurdo! Pelo que, temos aqui a prova de que Moisés não era Deus em si; mas um homem como qualquer outro. Precisou-se a intervenção de Deus que, tomou o corpo de Moisés e o sepultou. Ninguém sabe aonde… até no dia de hoje. Alguém conhece um sítio onde Satanás pode nos procurar e não nos achar ? Sim! Existe um só lugar deste género: quando mortos nas coisas desta vida, estamos escondidos com Cristo em Deus (Col.3:3). Aí está! Compreendemos que Moisés era um homem. Não um Deus…
Moisés não era também o “Filho do homem”. Porque, O Filho do homem da profecia que se encarnou é Jesus Cristo. Só Ele. Sejais apercebidos disto: apesar de Israel estar assentado na cadeira de Moisés, os judeus jamais confundiram, afirmaram ou ensinaram que Moisés era o Messias ou Sua encarnação. Sabeis porque? Porque, todo Israel sabia que O Cristo (O Logos) seria O próprio Deus (Is.9:6; Jo.1:1).
Elias no Monte Carmelo fez descer o fogo do céu. Antes disso, ele fez fechar o céu para que não caísse chuva sobre a terra, durante três anos e meio. Foi este homem que neutralizou com a sua própria mão quase oitocentos e cinquenta profetas de falsos deuses. O fogo desceu do céu mais de que uma vez para consumir os soldados que o rei tinha enviado para o prender, etc. Trata-se também aqui de uma comissão particular confirmada pelos grandes prodígios… uma missão especial. Os carros de fogo desceram do céu para o arrebatar; e prestem atenção… ele não conheceu a morte física (como este outro profeta antes dele: Enoque, o sétimo depois de Adão). Não! A Bíblia não nos diz que ele morreu; mas sim que foi arrebatado. Seria ele uma manifestação da divindade? Seria ele Cristo, o Filho do homem, revelado na carne? N-Ã-O! A Escritura declara a seu respeito o seguinte: “Elias era HOMEM sujeito às mesmas paixões que nós…” (Tg.5:17). Me digam… será por inveja do ministério do profeta Elias que o apóstolo Tiago fala dessa maneira; ou é para o humilhar que escreve? Não… não! É para que essa Verdade permanece em nós: não existe outro “Filho do homem” comparável ao Cristo Jesus; assim como não há outro Deus como o Senhor. Reparem que todo Israel sabia perfeitamente que Elias não conheceu a morte física. Todavia, os judeus NUNCA olharam para ele como se do Cristo ou Messias se tratasse. NUNCA!
A visão da montanha de transfiguração, em que o Cristo aparece ladeado com esses dois profetas é categórica. Enquanto Pedro maravilhado, falava em edificar três tendas: um para cada um deles; da nuvem do céu, Deus decretou: “Este é (não os três) o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ELE ouvi.” (Mat.17:5). Ouviram isso? Não é Moisés que devem escutar… nem Elias ! Mas sim, Jesus Cristo! É por Ele que Deus nos fala. Porque? Pela simples razão que desde o princípio foi Ele (O Verbo de Deus ou LOGOS) que manifestou Deus desde o céu (Gen.1:2,3; Jo.1:1-3); é ainda Ele que O faz conhecer na terra aos homens que do mundo o Pai Lhe deu. Ora, lêem Jo.17:1-7 e entendem uma vez por toda do que falamos aqui, ó homens sem inteligência!
Dos profetas do antigo testamento está escrito, que todos eles profetizaram pelo Espírito do Cristo que estava neles (1Pe.1:10,11). Perceberam isso? Pelo que, quando proclamavam: “Assim diz o Senhor… » ; « A Palavra de Deus me foi dirigida assim… », etc. eles davam testemunho e certificavam O LOGOS, revelando Seu pensamento e Sua vontade ao povo de Deus. Todavia, nenhum deles podia ser considerado como uma encarnação da divindade revelada no “Filho do homem” ou o “Homem vestido de linho” da profecia bíblica. Persisto e assino: nenhum desses profetas (desde Moisés até Malaquias; nem mesmo Enos, Enoque ou Noé antes deles) era a encarnação do LOGOS. Nenhum desses profetas apresentava-se como uma “Epifania” (ou seja, a manifestação do Cristo no mundo em carne); ou ainda uma “Teofania” (em outras palavras: uma aparição de Deus)
É a mesma coisa hoje, na dispensação da Igreja que caracteriza o Novo Testamento: O Senhor não precisa NUNCA encarnar-se de novo num corpo humano.
A obra do Cristo consumada, o homem salvo torna-se “participante” na natureza divina; pelo Espírito Santo que “permanece” nele. Aqui está a diferença entre os homens de Deus no Antigo e no Novo Testamento: no primeiro caso, O LOGOS revelava-se a eles; O Espírito do Cristo repousava sobre eles e a Palavra pronunciada era um “Assim diz o Senhor”. Na nova aliança, o Espírito Santo foi dado à Igreja (como Consolador), para nela permanecer… até que tudo seja consumado. O homem chamado segundo Ef.4:11 é ungido pelo Espírito Santo, segundo a medida do dom do Cristo (Ef.4:7). Esta unção PERMANECE nele e ensina-lhe tudo o que ele deve conhecer da parte de Deus para o poder anunciar aos homens. Aqui está O LOGOS agindo no homem nascido da carne: a unção do Cristo que caracteriza o seu ministério.
Assim, basta ao Cristo comunicar o Seu pensamento à tal homem, para este poder o ensinar; ou colocar Sua Palavra na boca dele para a pronunciar ou anunciar. Um homem de Deus, quer seja apóstolo, profeta, pastor, evangelista ou doutor não pode ser encarado como uma « Epifania » do Cristo ; isto é: um outro « Filho do homem » que não seja Jesus de Nazaré. Crêem no que vos é anunciado hoje pelo Senhor por intermédio da pregação ou morrem na vossa idolatria.
Ora, as “igrejas dos profetas” tem um entendimento diferente a respeito disso. Quando estão perante uma “igreja de profeta” (seja ele de que continente for) … uma igreja composta por seus discípulos, as vossas probabilidades de anunciar, neste meio, o Evangelho de Cristo em toda Sua pureza ou de ensinar algo diferente daquilo que o “profeta falou” são nulas. Sabeis porque? Pela razão óbvia que este profeta é o ABSOLUTO na “sua” igreja. Ele é o Alfa e o Ómega sobre o sistema de adoração. Ele é contemplado como o “logos”; isto é: uma encarnação da divindade; dono da palavra infalível e portador da revelação ou verdade absoluta. Este é o verdadeiro problema com as « igrejas dos profetas ». Em cada uma delas, “o profeta” (um só) é elevado ao grau ou dignidade do “Logos”. É ele (e só ele) que pode ser ouvido; não Jesus Cristo. Pois, se escutassem Jesus Cristo, eles deveriam atentar pelo que dissemos. Porque, a capacidade que temos de falar dessas coisas não vem de nós mesmos. É O Senhor que, pelo Seu Espírito, nos capacitou para tal. Sendo que é por um dom de Cristo que falamos e ensinamos.
A pregação na igreja de um profeta caracteriza-se essencialmente pelo “assim falou o profeta” que substitui o “Assim diz O Senhor”. Precisamente porque, o profeta da igreja tornou-se o “Logos” cujas palavras permanecem. O Senhor não pode mais falar ou ensinar algo nesta igreja hoje; porque o “profeta já falou e disse tudo ontem. Mas, nós, cremos que O Senhor fala e age ainda. Porque, Jesus Cristo é O mesmo: ontem, hoje e eternamente. É aqui onde reside a diferença entre eles e nós (a Igreja de Jesus Cristo) … toda diferença.
É por isso, digo que se estiver a lidar com uma “igreja do profeta” (seja qual for), as probabilidades de anunciar nela o Evangelho do Cristo são nulas.
Vejamos alguns exemplos na Bíblia: João Baptista veio. Ele era um verdadeiro profeta, confirmado por Deus ; cuja missão consistia em apresentar Jesus à Israel. André e Filipe receberam e entenderam o seu testemunho e se desligaram dele para se apegarem à Jesus de Nazaré. Os outros permaneceram ligados à este profeta de Deus; e ficaram então identificados como “discípulos de João”. Atentai pelo testemunho de doze de entre eles diante de Paulo em Éfeso: “Não, nem sequer ouvimos que haja Espírito Santo”. Todavia, eles foram baptizados do baptismo de João. E, em Lc.7:29,30, O Senhor deu o seguinte testemunho da mensagem e ministério do João:
“E todo o povo que o ouviu, e até os publicanos, RECONHECERAM A JUSTIÇAde Deus, recebendo o batismo de João.Mas os fariseus e os doutores da lei REJEITARAM o conselho de Deus QUANDO A SI MESMOS, não sendo batizados por ele.”
Entendemos pois, ó quão indispensável era o testemunho de João Baptista no cumprimento do Conselho de Deus para o Seu povo. Mas, o que estes discípulos ignoravam, é o que Paulo os revelou: o baptismo de João tinha por finalidade, lhes conduzir a Jesus, O Cristo.
“Mas Paulo respondeu: João administrou o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse naquele que após ele havia de vir, isto é, em Jesus”. (Act.19:4)
É aqui onde está o nó do problema… eles receberam e creram na mensagem do baptismo do arrependimento trazida pelo profeta, mas esqueceram-se do essencial: crer em Jesus, para se apegar à Ele; e somente à Ele. Que diremos pois? Que André e Filipe compreenderam a mensagem de João Baptista, enquanto os outros o ouviram, mas não entenderam nada de tudo o seu discurso. Conclusão: eles se apegaram no profeta, pese embora este ter clamado: “Vós mesmos me sois testemunhas de que eu disse: Não sou o Cristo, mas sou enviado adiante dele.” (Jo.3:28). Mas, quando Filipe se encontrou com Natanael, não lhe disse: “antes de crer em Cristo, tem que reconhecer primeiro a justiça de Deus, fazendo-te baptizar pelo seu profeta João Baptista. Senão corres o risco de invalidar contra ti mesmo o conselho de Deus”. Não! Ele não deu testemunho de João… ele não falou ao seu amigo do profeta. Aqui está o seu testemunho: “Acabamos de achar aquele de quem escreveram Moisés na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré” (Jo,1:45).Não fazia também parte dos então discípulos do profeta João Baptista, este Filipe? Afirmativo. Mas quando, ele compreendeu a mensagem da salvação trazida pelo enviado de Deus, não apresentou o profeta; mas sim testemunhou daquele que é o objecto do testemunho de TODOS os profetas: JESUS, O CRISTO. Vou repetir e insistir nisso: Filipe não conduziu Natanael ao profeta; mas sim ao Salvador. Eis o que fizemos!
Ainda que reconheçamos que tal profeta é um enviado de Deus, e que a sua mensagem é verdadeira ; todavia, no nosso testemunho do Evangelho não mostramos, nem falamos de “profetas” às pessoas. Nós lhes mostramos Jesus. Nós conduzimos as almas ao Salvador; não aos “profetas”. Nós somos a « Igreja de Jesus Cristo » ; não a dos profetas. E, quando na nossa pregação citamos um profeta de Deus, é tão-somente para provar que O QUE ELE DISSE SOBRE JESUS É VERDADEIRO. Não para exaltar o homem. Jesus nunca disse: “ Creiam no profeta fulano antes de vir a mim para serem salvos ». Não mentem contra a Verdade! No Seu dia, Ele afirmou: “O testemunho que eu tenho é maior do que o de João” (Jo.5:36). Provando que: quando o que é perfeito vem, o que é em parte desaparece!
Vejamos um outro exemplo: O próprio Jesus veio. Segundo a Palavra: Ele veio aos que eram Seus: esses judeus que não O receberam. Em Mat.23:2, Ele nos revela isto: “Na cadeira de Moisés se assentam os escribas e fariseus.”O porque desta afirmação? Porque Israel tinha deixado de ser a “assembleia” de Deus para se transformar numa “assembleia de discípulos de Moisés”. Os principais dos judeus confirmaram isso: “Somos discípulos de Moisés. Sabemos que Deus falou a Moisés; mas quanto a este (Jesus), não sabemos donde é.” (Jo.9:28,29). Perceberam isso? Eles não podiam receber o testemunho de Jesus, porque Moisés era o “Absoluto” deles.
Ora, se estes “discípulos dos profetas” não receberam o testemunho de Jesus; eles não podem receber o nosso; pois:
“Não é o discípulo mais do que o seu mestre; mas todo o que for bem instruído será como o seu mestre.” (Lc.6:40)
Foi assim que rejeitaram o testemunho dos apóstolos de Jesus. E, Paulo na sua geração teve de suportar também a mesma oposição da parte desses discípulos de Moisés que o perseguiam por todos os lados onde ele ia pregar; acusando-o de contradizer o “seu” profeta, e incitando as pessoas a rejeitar o testemunho dele. Não era este Paulo, também, judeu como eles? Não sabia ele tudo o que Deus tinha feito pelo passado no ministério deste profeta? Claro que sim! Todavia, era para dar testemunho do Cristo e não de Moisés que Paulo estava em pé naquele dia.
Hoje também quando alçamos o nosso testemunho de Cristo, os discípulos dos profetas reagem da mesma maneira. Foi por isso que disse aqui: nenhum discípulo de profeta pode receber o testemunho de Deus dado por outra pessoa que não faça parte do seu grupo. Ora, isto não teria acontecido se todos nós fizemos parte da mesma Igreja do Cristo: aí onde os dons são repartidos segundo a medida do dom do Cristo. Pois, na verdade: ELE FEZ DONS AOS HOMENS. Não à espíritos, criaturas ou anjos vindo do céu.
Falei de Paulo… este homem que viu O Senhor na coluna de fogo; de onde Jesus falou-lhe. Exactamente como o anjo do Senhor falou a Moisés da sarça ardente (Act.9:3-5). Falo de um homem cujo ministério foi vindicado com milagres extraordinários; ao ponto que lenços e aventais eram levados do seu corpo aos enfermos, e as doenças os deixavam e saíam deles os espíritos malignos (Act.19:11,12). Ele ressuscitou dos mortos o jovem Éutico (Act.20:9,10); e foi ele mesmo trazido milagrosamente da morte para a vida depois de ter sido apedrejado pelos judeus, discípulos de Moisés (Act.14:19,20). Ele recebeu a visita de um anjo antes do náufrago do navio em que ele seguia (Act.27:23). Os milagres que Deus operava pelas mãos dele, fizeram com que os habitantes de Listra o confundissem com um deus (Act.14:8-13). A mesma coisa aconteceu na ilha de Malta (Act.28:3-6). Falo de um homem que foi arrebatado pelo terceiro céu; no paraíso de onde O Senhor falou-lhe (2Cor.12:1-10).
Todavia, convém atentar numa coisa: apesar de todos esses sinais que caracterizaram o ministério de Paulo, ele não passava de um “apóstolo” do Senhor. Não era nunca uma “Epifania” (manifestação) do Filho do homem encarnado de novo ou uma “teofania”. Não… não… não. Paulo não era “O LOGOS feito carne”. Ele era nem mais nem menos, um homem à quem a Palavra de Deus foi confiada para ser anunciada. Um homem tendo as suas próprias fraquezas, mas sobre o qual repousava o poder do Cristo (2Cor.12:9). Vou dizê-lo mais uma vez: Ele não era o LOGOS FEITO CARNE.
Apesar da excelência das revelações que recebeu no paraíso e que mais tarde ensinou na Igreja, eis o que Paulo diz dele mesmo:
“Ainda que eu decidisse gloriar-me não seria, de fato, insensato, porquanto estaria narrando verdades. Contudo, evito falar sobre isso para que ninguém pense a meu respeito MAIS DO QUE seja capaz de observar em minha vida ou de mim pode ouvir.” (2Cor.12:6)
E, ainda que alguns insensatos quiseram olhar para ele como se de um “deus” se tratasse, e o adorar como tal, junto com Barnabé que estava com ele; prestem atenção na reacção deles e considerai o que Paulo disse em defesa deles:
“ Quando, porém, os apóstolos Barnabé e Paulo ouviram isto, rasgaram as suas vestes e saltaram para o meio da multidão, clamandoe dizendo: Senhores, por que fazeis estas coisas? NÓS TAMBÉM SOMOS HOMENS, DE NATUREZA SEMELHANTE À VOSSA, e vos anunciamos o evangelho para que destas práticas vãs vos convertais ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar, e tudo quanto há neles” (Act.14:14,15)
Aí de vós, ó homens que aceitais de receber dos homens, a glória que Só O Cristo merece. Pois, na verdade, todos esses servos de Deus são: homens de natureza semelhante à nossa. Portadores de uma boa nova: A Palavra de Deus… o “Assim diz O Senhor” que nos exorta justamente à nos desviarmos das práticas vãs para nos convertermos ao Deus vivo. E, a adoração destes falsos deuses, assim como a deificação de homens e cultos de personalidades são práticas vãs que devem ser absolutamente abandonadas.
Pelo que insistimos neste dia: O Logos no homem nascido da carne é a UNÇÃO do Espírito de Deus que opera neste servo; segundo a medida do dom do Cristo. Porque, na verdade, Cristo fez dons AOS HOMENS (Ef.4:8). Estes homens não são algumas « epifanias ». Por eles, Cristo se manifestou (mas não se encarnou) ao mundo. Porque, são homens DA MESMA NATUREZA que vós e eu. Como o foi Moisés; como Elias, Pedro, João ou Paulo, etc. Assim o é para TODOS os servos do Cristo. Sem excepção NENHUMA.
Aqui está a sabedoria que tem entendimento: compreender a diferença que existe entre a “manifestação” e a “encarnação” do LOGOS. Este último conceito significando: “Deus vindo na carne”.Deus, na verdade, Se manifesta em cada um dos Seus instrumentos. Foi por isso que o Senhor afirmou: “ Quem vos recebe, a mim me recebe; e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou.”(Mat.10:40). Ou ainda: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações… ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.”(Mat.28:19,20). Sim, Ele (O Senhor) está “com” eles (Seus servos); Ele está “neles”. Mas, eles (Seus servos) não são “Ele” (O Cristo). Deus testificando juntamente com eles para a salvação; por meio de sinais e dons de Espírito Santo; segundo o que está escrito: “como escaparemos nós, se descuidarmos de tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram: testificando Deus juntamente com eles, por sinais e prodígios, e por múltiplos milagres e dons do Espírito Santo, distribuídos segundo a sua vontade.”(Heb.2:3,4)
Ainda que Deus apoiasse o testemunho de um dos Seus servos pelos sinais poderosos, como o fez com Moisés, abrindo as águas do mar vermelho; Josué fazendo parar o sol, ou Elias fazendo cair o fogo do céu sobre a terra, etc. ou num ministério caracterizado pelas visoes extraordinarias e excelentes revelações como Daniel, Ezequiel, Paulo ou João, etc. isso não faz de tal homem uma encarnação do Cristo.
Pelo que, se me fizer a pergunta de saber se O LOGOS encarnou-Se num homem antes de Jesus. A resposta é Não! Depois de Jesus? Categoricamente NÃO !
Pode-se afirmar que Deus confirmou poderosamente o testemunho de um dos Seus servos pelos sinais e prodígios. Pode-se afirmar que Deus manifestou-Se no “ministério” do Seu homem; mas, nunca se pode falar de um outro Filho do homem, manifestado ou vindo na carne para pregoar na terra, para além de Jesus de Nazaré. NUNCA!
Alguém me contactou sobre minha página, nas redes sociais, para me escrever isso: “Nos cremos que o ministério do sétimo anjo é a segunda vinda do Cristo para revelar ao mundo os sete selos que Ele não pôde revelar aquando da Sua primeira vinda”. É muito insensato que de dizer tal coisa.
Isto é o que acontece quando deis crédito nas fábulas e genealogias que alguém vos contou, sem discernir o que diz a Palavra de Deus a esse respeito. Nós cremos na manifestação de Deus, no cumprimento da obra do ministério pelo qual Cristo fez dons aos homens; de acordo com Ef.4:11,12. Cremos que nos tempos determinados para o cumprimento das promessas da profecia bíblica, O Espírita Santo é enviado do céu sobre um pregador do Evangelho, para nos conduzir em toda verdade; de acordo com a promessa do Senhor.
“Ainda tenho muito que vos dizer; mas vós não o podeis suportar agora.Quando vier, porém, aquele, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas vindouras.Ele me glorificará, porque receberá do que é meu, e vo-lo anunciará.” (Jo.16:12-14)
Leram e perceberam? Não acreditem então no que as pessoas vos dizem sobre a Palavra de Deus. Antes, acreditem no próprio testemunho da própria Palavra. Porque, A Palavra de Deus é enfática quanto à isso e não precisa ser interpretada.
Mas, eis que vós acrescenteis nela os próprios raciocínios da vossa denominação ou grupo. No fim, acabam por ser tornarem sábios e entendidos aos vossos próprios olhos. Tal adoração que se fundamenta na obediência aos mandamentos e tradições de homens é vã.
Na verdade, há coisas que O Senhor Jesus não tivera dito nos dias da Sua carne. NÃO PORQUE NÃO PODIA O FAZER, MAS SIM PORQUE OS DISCÍPULOS NÃO PODIAM SUPORTAR ESSAS COISAS, NA ALTURA, ANTES QUE AS ÉPOCAS MARCADAS SE CUMPRAM. Aqui está a Verdade! E quando os tempos e as circunstâncias marcadas na profecia bíblica (que é um TODO) se cumpram, O Espírito Santo agindo sobre a ou as testemunhas previamente escolhidas, nos traz a revelação dessas coisas, na Igreja do Cristo e para seus eleitos. As igrejas organizadas segundo os seus próprios modelos, e tendo a sua própria interpretação da profecia bíblica, não podem receber essa coisa; porque elas já se acomodaram em seus próprios dogmas. Na verdade, eles não podem, nem aceitar, nem suportar a ideia que Deus possa usar uma outra pessoa que não seja do seu ajuntamento; para anunciar a Verdade e trazer mais luz aos peregrinos que caminham ao encontro do Esposo.
O quê é isso? Segundo o modelo da Grande Babilónia, cada uma dessas igrejas (sobretudo quando se trata das “igrejas de profetas”) se tem desviado do manancial INESGOTÁVEL de água viva; tendo escavado para si mesma a sua própria cisterna rota. Sim, semelhante a Grande Babilónia, cada uma dessas igrejas levantou um homem em lugar de Deus (o vigário do Cristo), organizou e agrupou-se no seu nome. Em vez de se agrupar em torno da Palavra de Deus e do Seu verdadeiro Nome: Jesus Cristo. Pois, tendo a Palavra o Seu próprio Nome, vemos pois mal que alguns tentam dar-Lhe o nome do precursor do seu próprio movimento. Sinceramente!
E na loucura do erro, começam a anunciar e ensinar que o vosso “infalível” ou “santo” profeta é uma encarnação do próprio Senhor Jesus: O Filho do homem. Não! Apercebei-vos de que Ele nunca prometeu que iria regressar “fisicamente” para nos trazer seja o que for. Ele prometeu sim que não iria nos deixar órfãos. Mas, que voltaria no outro Consolador: O Espírito Santo; Espírito da Verdade. Este vem sobre o homem por Deus escolhido para nos ensinar a Verdade da Palavra. E, nisto reconhecereis, o homem que Deus enviou até vós e sobre quem repousa o Seu Espírito para a obra do ministério… o homem à quem O “LOGOS” se revelou: “não falará por si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas vindouras.Ele me glorificará, porque receberá do que é meu, e vo-lo anunciará.” (Jo.16:13,14)
Aqui estão alguns sinais característicos do Espírito Santo sobre um servo verdadeiramente ungido de Deus:
É aqui onde opera a sedução nas “igrejas dos profetas”. Pois, infelizmente, nestas “igrejas dos profetas”, as visões, sonhos, profecias ou predições dos profetas anulam a própria Palavra de Deus. Aqui, onde os dons e os seus portadores são colocados acima da própria Palavra.
E, precisamente por causa deste falso conceito do LOGOS, as predições e as palavras do profeta tomam o carácter e autoridade do Verbo divino. Porque, este homem “profeta” é confundido com a própria Palavra de Deus. Ora, ao confundir este homem com o Logos, acabam por fazer dele um “Deus”: um falso deus. Este é o problema! E, as pessoas se deixaram seduzir por este falso conhecimento que os desviaram da simplicidade do Cristo. O falso conhecimento produziu uma falsa fé baseada nos sinais e prodígios, assim como nas predições; ao invés de fundamentá-la na própria Palavra.
Dou-vos um exemplo: pelo que parece Fidel Castro, então presidente de Cuba, teria predito em Janeiro de 1963 o seguinte: “Os Estados Unidos só viram dialogar connosco quando tiver um presidente negro e quando o papa for um latino-americano”. Hoje, 43 anos mais tarde, esta predição se cumpriu literalmente. Pergunto : aquilo faz deste presidente um profeta de Deus ? Claro que não! E, nem quero imaginar se essas palavras tivessem saído na boca deste presidente, mas sim de um reconhecido servo de Deus...Quem não se lembra do “I have a dream” (Tive um sonho) de Martin Luther King? Hoje esta premonição está realizada. Todavia, quero que saibais que essa coisa (pese embora muito boa) não faz parte da profecia bíblica ou das escrituras. E, temos muitas provas desses casos de presságios que se realizaram um pouco por toda parte do mundo… e nas nossas igrejas também. Mas, é infelizmente nestas coisas (predições ou premonições) que muitos crentes procuram identificar e reconhecer os “profetas” de Deus.
Um desses discípulos de profetas me disse um dia: “o nosso profeta na altura em que vivia “profetizou” sobre o fim da colonização em África e a libertação do homem negro, e isso aconteceu tal como o disse”. Entendem onde quero chegar? Podem dar crédito nesses géneros de premonições políticas (alguns apelidaram isso de “profecias políticas”), sociocultural, ou outras previsões económicas, se quiserem. Mas, quero recordar-vos que essas coisas não têm nada a ver com o Reino dos céus… O Reino do Deus da Bíblia. Não são pois essas coisas que identificam os profetas de Deus. As coisas vindouras que O Espírito Santo (Consolador) há-de nos anunciar são as que se relacionam com o Reino de Deus. Sublinhem isso e não se esquecem jamais! Não confundem as coisas. Não procurem reconhecer a manifestação do LOGOS nas predições, premonições, prognósticos, pressentimentos e intuições dos servos de Deus sobre determinadas coisas relacionadas com o século presente; e outros meros aspectos da vida humana. MESMO SE AS COISAS QUE VOS FORAM ANUNCIADAS SE CUMPRIREM COMO TAL; PRESTEM SOMENTE ATENÇÃO NA DOUTRINA QUE É ANUNCIADA NESTE MEIO E NÃO SE AFASTEM DO QUE ESTÁ ESCRITO. Lembrando-vos da advertência do Senhor no Deut.13:1-3:
“Se levantar no meio de vós profeta, ou sonhador de sonhos, e vos anunciar um sinal ou prodígio, e SUCEDER o sinal ou prodígio de que vos houver falado, e ele disser: Vamos após outros deuses - deuses que nunca conhecestes - e sirvamo-los!não ouvireis as palavras daquele profeta, ou daquele sonhador; porquanto o Senhor vosso Deus vos está provando, para saber se amais o Senhor vosso Deus de todo o vosso coração e de toda a vossa alma.”
Bem-aventurados são aqueles que vencerem esta provação que nos é imposta pelo próprio Senhor; e que não caiem na adoração dos falsos deuses; supostos “encarnações da divindade”. Permanecei no que está escrito! Porque O LOGOS na boca de um homem ungido por Deus revela tão-somente as coisas vindouras relativas ao Reino de Deus vindouro; de acordo com O QUE ESTÁ ESCRITO. Porque – e é preciso que isso não vos escapa – mesmo um falso profeta pode ter premonições e fazer predições exactas (assim como o fez Balaão), mas NUNCA… NUNCA PODERÁ PREGOAR A VERDADEIRA DOUTRINA! Aqui está a Verdade!
O Senhor Jesus bem sabia que a sedução da falsa doutrina irá atrair a vossa atenção sobre os sinais e não sobre a Palavra. Eis porque Ele nos advertiu com estas palavras em Mat.24:24:
“ porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.”
Por isso não deixo de insistir na minha pregação sobre este facto, para que os eleitos entendam que O SINAL DO ESPÍRITO SANTO É A PALAVRA. Porque O Espírito de Deus sobre o homem gera o testemunho da Palavra. É nisso que reconhecemos O LOGOS na Sua manifestação. Agora, tudo depende daquilo que alguns consideram como “Palavra de Deus”. Porque, a Verdadeira Palavra de Deus é O LOGOS. E, quando O “LOGOS” está na boca de um homem, pouco importa a geração ou era em que ele se manifesta, a pregação deste homem glorificará Jesus Cristo. Tomando o que é do Cristo para no-lo anunciar.
Nisto reconhecereis todas essas igrejas que se afastaram da verdadeira fé: quando lhes anunciar a Palavra de Deus e alçar o testemunho de Jesus Cristo, esses fanáticos tentam vos convencer de que tudo isto é inútil, se não se ajuntarem a eles. E, que estão perdidos de todas as maneiras, se não reconhecer antes de tudo que Deus enviou o “precursor” da igreja deles. É este princípio, fundamento do “maometismo”, que domina hoje em dia todas as “igrejas dos profetas”: “Reconheço que O Senhor é O Único Deus e que fulano é o Seu profeta”. É tudo… crendo desta maneira está salvo! Eis um de nós ! É quimera… pura fantasia !
O que foi que aconteceu? Na verdade, cada uma dessas “igrejas dos profetas”tem a sua própria noção do “LOGOS”. Um falso conceito, claro.
As razões que evocamos aqui, demonstram que é impossível e impensável que O Senhor Jesus tenha vindo de novo na carne, ou que tenha pisado de novo a terra com Seus pés na pessoa de um outro dos Seus servos. E esses argumentos encontram fundamento naquilo que O próprio Senhor ensinou:
Em Jo.14:1-3, O Senhor Jesus anuncia a Sua segunda vinda. Não na condição de um “profeta anunciador da Palavra” ou “revelador de mistérios”; mas sim, como o “Esposo” que vem buscar a Sua Igreja. Antes daquele dia… enquanto os Seus servos anunciam e confirmam sobre a terra a mensagem da salvação, Deus testemunhando com eles por sinais (Heb.2:3,4); Ele (O Filho do homem) foi para nos preparar lugares na casa do Pai. E, quando vier de novo, não será mais para pregoar; mas sim para o “arrebatamento da Esposa”: “E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também”(Jo.14:3). Desta Verdade testemunharam todos os verdadeiros pregadores do Evangelho.
Em Jo.16:7-15, O Filho do homem nos revela o quão vantajoso é para nós que Ele volta ao Pai para completar a obra da salvação; depois de ter terminado o que tinha que fazer na terra (Jn.17:5). Aqui, Ele faz aos Seus a promessa de um Consolador que há-de permanecer com eles para sempre. Depois de dizer: “Vou para meu Pai, e NÃO ME VEREIS MAIS”, Ele nos confirma que doravante é Este Consolador, O Espírito de Verdade que irá nos conduzir em toda Verdade; tomando o que é dele para nos dar. Como pois podeis dar crédito a alguém que vem vos ensinar ou anunciar que Cristo desceu de novo nesta terra? Isto é o que o Espírito caracteriza de “interpretação particular” da profecia. Particular, excêntrica e suspeita.
Eis o que Jesus Cristo declarou:
“E quando ele(O Consolador) vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo:… da justiça, porque vou para meu Pai, e NÃO ME VEREIS MAIS”. Pelo que, se alguém vos disser que Jesus pisou de novo a terra; que foi visto aqui ou acolá… há injustiça neste ensinamento. É um falso ensinamento. Rejeitai isso! Lembrai-vos da advertência de Mat.24 :23-27 :
“Se, pois, alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo aí!NÃO ACREDITEIS;porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.Eis que de antemão vo-lo tenho dito.Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto; NÃO SAIAIS; ou: Eis que ele está no interior da casa; NÃO ACREDITEIS.Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim será também a VINDA do filho do homem.”
Sim, aqui está a Verdade ! Antes do dia da Sua vinda para o arrebatamento, se alguém vos disser que Cristo foi visto algures: NÃO ACREDITEIS! É “Assim diz O Senhor”!
E, quero que saibais que O LOGOS não é somente a revelação que vem na boca de um servo do Cristo num tempo determinado. O LOGOS é manifestado tanto na Palavra revelada como na Palavra escrita que confirma e certifica toda pregação; pois:
“Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça” (2Tim.3:16)
“sabendo primeiramente isto: que nenhuma PROFECIA DA ESCRITURA é de particular interpretação.Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo.”(2Pe.1:20,21)
Hoje, muitos são os que desprezam as escrituras ou a Bíblia pretextando que a revelação na boca do profeta vivo no seu tempo está acima do que está escrito. Não é verdade! Toda Escritura é inspirada de Deus. E, nenhuma profecia da Escritura jamais foi produzida pela vontade do homem. Quando alguém se levanta e contradiz ou anula o que está escrito, trata-se de um falso profeta.
No entanto, depois de tudo o que acabamos de dizer aqui, a razão fundamental pela qual não deveis acreditar que O Senhor Jesus teria vindo de novo na carne, passa pelo entendimento daquilo que nos é ensinado nas seguintes escrituras:
“doutra forma, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas agora, na consumação dos séculos, UMA VEZ POR TODAS SE MANIFESTOU, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo. E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo,assim também Cristo, oferecendo-se UMA SÓ VEZ para levar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação.” (Heb.9:26-28)
“É nessa vontade dele que temos sido santificados pela oferta do corpo de Jesus Cristo, feita UMA VEZ PARA SEMPRE.” (Heb.10:10)
Que diremos pois a respeito? Na Lei de Deus, está estipulado que “quase todas as coisas, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.” (Heb.9:22) EIS A RAZÃO FUNDAMENTAL PELA QUAL O LOGOS VEIO NA CARNE! Jesus de Nazaré era o vaso ou corpo portador do sangue do sacrifício. Não existe então nenhuma outra razão pela qual Ele deveria vir muitas vezes na carne… ou que nascesse de novo em qualquer outro lugar do planeta. Porque, de acordo com o testemunho das Escrituras: UMA VEZ POR TODAS Ele se manifestou para aniquilar o pecado, cumprindo a redenção. E, se Ofereceu-Se UMA SÓ VEZ; está determinado no Conselho de Deus que aparecerá UMA SEGUNDA VEZ (mais do que isso não) aos que O esperam para salvação. Entendem pois que, a profecia das Escrituras só fala de duas vindas do Cristo (O Filho do homem): a primeira para cumprir a redenção e a segunda para os que O esperam para o arrebatamento. Bem-aventurados sois se compreenderem essas coisas!
Se começarem à ensinar nas pessoas que “O LOGOS” veio e foi “corporeamente” visto numa carne que não é a de Jesus de Nazaré; então o espírito que fala em vós é o do anticristo que nega Jesus vindo na carne, na condição do “UNIGÉNITO” e PRIMOGÉNITO de toda criação. Pois, como poderemos ainda falar do Filho “Unigénito”, se temos mais de um? Eis porque insisto em dizer que tal ensinamento é anticristo. A aceitação de tal coisa vos conduzirá forçosamente nos cultos de personalidades, e terminará na idolatria… a adoração de “falsos deuses”… de “falsos cristos”.
Uma outra vez alguém me disse: “Deus veio e foi visto na coluna de fogo repousando sobre um homem. Por isso cremos que ele é uma encarnação da divindade”. Vejamos… se Deus quisera manifestar-Se por meio daquele sinal, digo: Amem! Não ao homem, mas a Deus. Digo: “Amem” depois de ter ouvido e examinado a profecia (mensagem) que nos é trazida, à luz do que está escrito; e retendo o que é proveitoso para a edificação e a salvação.
Consideraria eu agora a “coluna de fogo” como prova da encarnação da divindade? De jeito nenhum! Vejamos o que aconteceu no dia de Pentecostes: naquele dia estavam reunidos quase cento e vinte pessoas, incluindo as mulheres, e Maria, a mãe de Jesus; assim como Seus irmãos (Act.1:15). E, enquanto estavam juntos:
“E lhes apareceram umas línguas como que de fogo, que se distribuíam, e sobre cada um deles pousou uma.” (Act.2:3)
Não fez Deus de Seus ministros “labaredas de fogo”? (Heb.1:7). Que isso se manifesta visivelmente ou não. Creio que isso é assim, porque Deus assim o diz e fez. Creio sem ver! Agora, se a “coluna” ou “língua” de fogo (porque é disto que se trata: de “uma língua como que de fogo”. Sendo que a “coluna” é vertical)é prova de que tal homem é uma encarnação da divindade ; então podemos falar de cerca de cento e vinte encarnações da divindade no dia de Pentecostes, incluindo mulheres. Loucura!
Sejais apercebidos de que nenhum judeu exaltou o seu profeta na condição do Cristo; nem olhou para ele como se de “Deus” se tratasse. Ora, “a salvação vem dos judeus” (como o enfatizou o próprio Senhor Jesus). Nunca se esqueçam disso! Porque, foi aos judeus (por intermédio destes mesmos profetas) que os oráculos de Deus foram confiados primeiro. Eles (os judeus) não reconheceram O “Messias” encarnado em Jesus de Nazaré. Mas, eles (os judeus) não confundiram O Messias com qualquer outra pessoa. Aqui está a Verdade! Não reconhecer é uma coisa; confundir, uma outra.
Logo? Andando sem revelação divina, eles até negaram de reconhecer que O Messias seria este profeta de Galileu que se chamava Jesus. Sabeis porque? Porque os judeus bem sabiam que O “Cristo” ou “Messias” era Deus. E, pese embora o próprio Jesus ter afirmado ser O Cristo, eles recusavam de crer no facto de “um simples homem se fizesse passar por Deus”. Foi por isso que acusaram Jesus de blasfémia.
Apesar dos sinais poderosos que acompanharam e autenticaram os ministérios de homens como Moisés ou Elias; os judeus jamais afirmaram que Moisés seria O Cristo: O Filho do homem. Não! Eles jamais o disseram nem de Elias, nem de nenhum outro profeta de Israel; como o fazem as “igrejas dos profetas” no meio dos gentios hoje em dia; cada um a favor do seu próprio profeta.
Pelo que, apesar da missão especial que pode ser incumbida a um homem, ele permanece na verdade: um homem mandatado. E não uma encarnação da divindade. Fogem da idolatria!
a autoridade divina, assim como o ministério, revestem o homem-servo durante o cumprimento da sua missão. Para transmitir a mensagem da Palavra que Deus quer anunciar ao Seu povo. E, de acordo com a afirmação das escrituras, é o próprio Deus que apoia este testemunho pelos sinais, prodígios, e vários milagres; e também pelos dons do Espírito Santo distribuindo segundo Sua vontade (Heb.2:4). Não é pois o homem que faz os milagres. Pelo que, se bem perceberam o que foi dito nesta escritura, irão entender que: para confirmar o mandato divino do Seu servo, Deus não cumpra só milagres e prodígios; mas Ele pode também, segundo Sua vontade, confirmar o mandato do Seu servo e o selar pelo um dom do Espírito Santo que permite à este homem perceber as coisas de Deus e falar delas. Porque, ninguém conhece as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Lembrai-vos de que são coisas que o olho nunca viu, que o ouvido nunca ouviu e que jamais subiram ao coração do homem; e que só uma revelação do Espírito pode nos trazer (1Cor.29-11). A revelação do Espírito sobre o homem de Deus : aqui está O LOGOS manifestado pela unção que repousa sobre ele.João Baptista não fez nenhum milagre (embora andando no Espírito e poder de Elias). Assim como muitos profetas que se levantaram em Israel antes; e muitas outras testemunhas de Jesus na Igreja do Cristo depois dele. Todavia, O Espírito atesta que tudo o que esses homens disseram sobre Deus ou anunciaram da Sua parte é verdadeiro.
Terminada a missão do homem, a autoridade divina lhe é retirada; o ministério também. Arão morreu, as vestes sacerdotais foram-lhe retiradas e vestiram-na o seu filho que se tornou sumo-sacerdote, no lugar dele. A missão de Elias terminada, ele retirou o seu manto de profeta e com ele cobriu os ombros de Eliseu, o homem que Deus tivera escolhido e estabelecido no lugar dele. Deus não pode agir numa geração “pelo ministério” de um servo que já dorme. Isto não quer dizer que a Palavra de Deus que um profeta anunciou deixou de ter efeito com a morte dele. Afirmar tal coisa faria também de mim, um mentiroso. Não! Quero somente dizer que, é impossível ler um profeta e compreender a letra sem O Espírito que a vivifica. Por isso insisto em todas as minhas pregações sobre esta coisa: Escutem os servos vivos e que falam no vosso meio da parte de Deus! Não vos assemelheis a Saulo que foi perturbar o sono de Samuel. Deus jamais falará por aquele canal.
Perceberam isso? Meditem essas coisas e sejam inteligentes!
O momento tinha chegado em que Arão devia se despedir do povo. E disse Deus:
“Toma a Arão e a Eleazar, seu filho, e faze-os subir ao monte Hor;e despe a Arão as suas vestes, e as veste a Eleazar, seu filho, porque Arão será recolhido, e morrerá ali.Fez, pois, Moisés como o Senhor lhe ordenara; e subiram ao monte Hor perante os olhos de toda a congregação.
Moisés despiu a Arão as vestes, e as vestiu a Eleazar, seu filho; e morreu Arão ali sobre o cume do monte; e Moisés e Eleazar desceram do monte.” (Nu.20:25-28)
Entendem pois que não foi a escolha de Moisés, mas sim de Deus. Ele só fez exactamente como O Senhor lhe ordenara. Arão morreu, mas isto não colocou um termo na obra de Deus, nem no ministério de sumo-sacerdote. Eleazar desceu do monte para dar continuidade da obra.
Terminada a missão de Moisés, Deus escolhera Josué para prosseguir Sua obra. E, mais tarde, O Eterno-Deus diria a Josué, o seguinte: “Hoje começarei a engrandecer-te perante os olhos de todo o Israel, para que saibam que, assim como fui com Moisés, serei contigo”.(Jos.3:7). É Deus não Moisés que fala aqui. E, Josué não era um “imitador” do ministério de Moisés. Não, ele podia até guardar as palavras que Deus deu a Moisés, mas não imitar o ministério de Moisés. Mas como servo, ele só dependia de Deus. Pelo que não foi o ministério de Moisés que confirmava o de Josué; mas é sim O próprio Deus quem dava testemunho de cada um desses servos.
Na verdade, é o próprio Deus que confirma o instrumento do dia, pela unção que caracteriza o seu ministério: O “LOGOS” sobre o homem.
Elias, o profeta, também chegou no fim da sua missão. Deus não disse a Elias: “Procura um homem do teu agrado ou confiança para dar continuidade do teu ministério”. Não! Nenhum homem de Deus recebeu tal autoridade: “a Eliseu, filho de Safate de Abel-Meolá, ungirás para ser profeta em teu lugar.”(1R.19:16) É, “assim diz O Senhor” ! Todo aquele que é de Deus aceita que Ele é soberano na escolha daqueles que são chamados para O servir. Quem não o aceita é um filho da rebelião. Nada à contradizer!
Infelizmente, está não é o entendimento de todos. Principalmente, dos das “igrejas dos profetas”. Aqui onde exerce ministério de pregador quem quer; desde que se compromete em falar segundo o “assim falou o profeta fulano”.
Ai pois dos que procuram ascensão na Igreja imitando a obra de outros. Ainda que se esforçam de imitar o que disse ou fez o precursor da vossa “igreja”, e que este fosse um verdadeiro servo de Deus; sereis tão-somente “ministros” deste homem e não de Deus. Sim, ministros da igreja ou denominação que olha pela aparência deste homem e tira sua glória do seu nome. Porque, nunca podereis atribuir a vós mesmo a dignidade (como nós), de ser embaixadores de Cristo, ao serviço da “Sua” Igreja-Esposa sem antes ser conhecidos por Ele. Sendo assim, apenas os da vossa “igreja” poderão vos dar ouvidos e exaltar. Vos escutarão, apenas todos esses que abraçaram e creram nos mesmos dogmas que vós. E, como não receberam nenhum mandato divino para falar na Igreja do Cristo, os eleitos que compõem esta gloriosa Igreja de Jesus fugirão de vós. Eles não poderão suportar a vossa voz ! Ainda que vos seja dado essa oportunidade de anunciar o Evangelho da salvação numa verdadeira Igreja do Cristo (aí onde ninguém recebe vossas alucinações), não o podereis fazer. Sabeis porque? Pela simples e óbvia razão que nunca o fizeram… nem sabem o fazer. A força de repetir todos os dias… todos os anos os mesmos dogmas que vos caracterizam, convenceram a si mesmo de que são pregadores do Evangelho. De jeito nenhum! Nunca foram pregadores do Evangelho do Cristo! Na verdade, o vosso discurso é fruto de interpretações particulares da “vossa”igreja; e não da Palavra de Deus. E, é aí onde nascem as disputas e contendas.
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