srael tem conhecido muitos pregadores. Depois da era profética, apareceu uma classe de ensinadores que, tanto no templo como nas suas sinagogas “serviam” Deus e “pastoreavam” Seu rebanho. Até que se cumpriu o que foi dito pelo profeta (Mal.3:1). O povo do Senhor estava à espera do Seu anjo que devia preparar o caminho, antes do Senhor entrar no Seu templo. Foi aí que Deus aniquilou a sabedoria e inteligência dos “presumidos” guias espirituais e condutores religiosos de Israel. Do deserto surgiu um homem ordinário e selvagem que não se acostumava com as maneiras dos seus contemporâneos: pregadores elegantes e gente fina; homens honrados pelo povo (e governantes) que lhes saudavam nas praças públicas e chamavam: Rabi, Rabi; homens cujos trajos chamavam sobre eles a atenção dos outros; amando os primeiros lugares nas ceias e as primeiras cadeiras nas suas sinagogas.
Portanto, este “selvagem despenteado” de nome João Baptista, vestido de pelos de camelo e um cinto de couro em torno de seus lombos e que se alimentavam de gafanhotos e de mel silvestre, era O ANJO DO SENHOR prometido e anunciado pelos profetas. Pouco importava o que os da sua geração podiam pensar dele, a sua aparência e tanto quanto. O que era alguma coisa é o que estava na sua boca: A MENSAGEM da Palavra de Deus. Isto era:
o único meio para os da sua geração se reconciliar com Deus. Apesar de muitos pregadores registados em Israel,
um só tinha a revelação da verdade; a mensagem da hora; a mensagem da restauração de Israel na fé da palavra profética que se cumpriu no seu tempo. Ele era o precursor da vinda do reino de Deus, e todos que creram nele, se achegaram junto do Senhor e
receberam o Espírito Santo para entender o conselho de Deus. Foi ele que abriu o caminho da era apostólica. Ao ponto que todos que rejeitaram a sua mensagem e negaram o seu baptismo, REJEITARAM CONTRA SI MESMO O CONSELHO DE DEUS.
E porque o negaram?
Por causa das suas tradições religiosos. Se João fosse um deles, os religiosos do seu tempo lhe aceitariam. Mas, eis que ele era
um marginal. Porque o rejeitaram?
Por causa duma má interpretação da palavra profética. Talvez pensavam que segundo Mal.3:1, esse mensageiro viria no templo para apresentar o Messias aos que estavam lá adorar. Não estava escrito que “
O Senhor entrará no seu templo”? Eles esqueceram-se duma coisa: Deus não habita nas casas feitas pelas maõs de homens. Foi pois a beira do rio Jordão (e não num edifício religioso) que se cumpriu a gloriosa profecia: diante do anjo ou mensageiro João, o Espírito do Senhor desceu como uma pomba sobre Jesus e Nele habitou corporalmente, toda a plenitude da divindade. Foi aí que o Senhor entrou no Seu Templo “humano”.
“O que foi, isso é o que há de ser, e o que se fez, isso se tornará a fazer… dizia o pregador
, de modo que não há nada de novo debaixo do sol. Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós” (Ecl.1:9,10;3:15).
Ora pois, Deus tornou a trazer a mesma coisa na véspera da Segunda vinda de Cristo para nossa geração. O mesmo Espírito (o de Elias) que estava sobre João Baptista veio anunciador duma MENSAGEM aos adoradores deste último tempo para
a restauração da Igreja das Nações na fé apostólica primitiva; como
precursor para abrir uma nova era onde os filhos e filhas (dos apóstolos, pois animados pelo mesmo Espírito) irão profetizar pela Palavra de revelação do Espírito Santo enviado sobre os servos de Deus desse tempo.
Essa MENSAGEM tanto como o seu mensageiro evoluíra longe das organizações religiosos, suas dogmas e ritos. E os da nossa geração pelas mesmas razões obviamente evocadas aqui, O NEGARAM E REJEITARAM. Pois não há lembrança do que Deus fez nos séculos passados, como também do que o espírito anticristo fez e continua a fazer hoje no nosso meio.
Outros vencidos pelo mesmo espírito pegaram nessa mensagem e fizeram dela uma doutrina dogmática à través de brochuras que tomaram um carácter litúrgico e dominante sobre a própria Bíblia; as palavras dum mensageiro tornaram-se credos para os que viriam a ser “seus” discípulos. Porque?
Por não haver lembrança no meio deles do que se passou na primeira vinda do Cristo. O precursor não teria dito: “
O homem não pode receber coisa alguma. Se lhe não for dada do céu… É necessário que ele cresça e que eu diminua”? (Jo.3:27,30). Eles se esqueceram de que o mensageiro
indicou uma direcção para os homens da sua geração que andaram à luz da Palavra que após ele, foi anunciada pelos apóstolos do Senhor, e da doutrina por eles ensinada. E que por pouco, se os discípulos do mesmo João se não encontrasse com
os mensageiros daquela hora, passariam ao lado do conselho de Deus, pois desconheciam o que o Senhor estava obrando
naquela época de tempo (depois de João ter acabado seu ministério), por intermédio de seus ungidos. Todavia, está escrito que os (discípulos de João) que ouviram, receberam o dom do Espírito Santo (At.19:1-12). O que queria significar que não era o mensageiro que concedia o dom do Espírito Santo nos seus seguidores, mas sim O Senhor pela fé na Palavra de pregação pelo instrumento da hora. Que aquele que tem ouvidos ouça! Falo como a entendidos.
Não quero dizer que sou “o mensageiro” desta era, mas vim como umas das derradeiras testemunhas de Jesus, tendo recebido dele nesse último tempo pelo ministério do Espírito, a revelação dessas coisas acerca das quais falo com toda ousadia segundo o que está escrito nos profetas (Is.58:12). E não deixo de repetir a mesma canção: a salvação não se encontra nas denominações e organizações religiosas, e a “mensagem do último tempo” anunciada pelo Espírito em nós não é dogma, nem credos ou liturgia baseada num culto de personalidade exaltando imagem ou palavra de homem; ainda que se tratasse dum verdadeiro mensageiro de Deus. Isto é ANTI-CRISTO. Os que fora dessa verdade procedem, REJEITAM CONTRA SI MESMO O CONSELHO DE DEUS, como os fariseus e doutores da lei no seu tempo. E não me calarei até que sai a justiça da ESPOSA DO CRISTO.
Bem-aventurado o povo que conhece o som da trombeta.