Juí.13: 2,3: “Havia um homem de Zorá, da tribo de Dã, cujo nome era Manoá; e sua mulher, sendo estéril, não lhe dera filhos. Mas o anjo do Senhor apareceu à mulher e lhe disse: Eis que és estéril, e nunca deste à luz; porém conceberás, e terás um filho”.
Sansão, o nazireu de Deus era filho de uma mulher estéril. Que importância reveste tal coisa hoje, para nós? É preciso contudo sublinhar que ele não era um caso único. Isaac nascido da Sara (Gen.11:30); Jacó, da Rebeca (Gen.25:21); José, da Raquel (Gen.28: 21); Samuel, da Ana (1Sam.1:5); João Baptista, de Isabel (Lc.1:7)... Todos eles eram filhos nascidos de mulher estéril. Ora, nós bem sabemos que Deus não faz nada por acaso.
Pelo que a compreensão desta coisa poderá (e de que maneira) ajudar a nossa fé. Porque a mulher estéril?
Eram todos filhos nascidos de acordo com a promessa. Cada um deles, representava uma aliança de Deus. Ora, uma mulher fértil dá luz à filhos segundo o uso natural, a estéril não. Essa só pode tornar-se mãe por um milagre… uma intervenção sobrenatural de Deus num tempo determinado pela Sua própria vontade.
Eles não nasceram porque os pais queriam ou eram capazes de os ter. Definitivamente: NÃO! Eles nasceram em cumprimento da Palavra da promessa feita pelo próprio Deus.
A escritura de Jo.1:12,13 confirma e elucida este segredo: “Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus”.
Pois que? Aqui está a Verdade: Não somos filhos de Deus por vontade natural dos nossos pastores; pela vontade das nossas igrejas que assim nos declaram. Não! Os verdadeiros filhos de Deus são aqueles que são manifestados pela Palavra da promessa. “Não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus”. Isso significa claramente os verdadeiros filhos de Deus são filhos da “mulher estéril”. Não são concebidos nas igrejas e pelas igrejas; mas sim, pelo poder da Palavra de Deus segundo a promessa feita nessa mulher que é a Igreja de Cristo.
E, bem sabemos também que a Igreja de Cristo não pode receber, nem ser fecundada por uma semente humana. Não! Porque? Porque cada semente se reproduz segundo a sua própria natureza. Agora, se Cristo não é carnal como poderá ter uma esposa carnal? E, se a Igreja-Esposa de Cristo não é carnal, como poderá ela dar luz, segundo a carne, o sangue, ou a vontade do varão (seja ele sacerdote, profeta-maior, evangelista internacional, apóstolo mundial, etc.). Impossível.
Quem pode receber essa palavra? Que é o entendido nesta geração que pode a compreender? Ou nunca leram o que foi escrito acerca da Igreja primitiva: “E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos”? (Act.2:47)
Para dar testemunho dessa verdade vim eu: se hoje as igrejas podem aumentar os números dos seus crentes organizando campanhas, e outras actividades visando a “conquista” de leigos. Esses, não se tornam filhos de Deus ao aderir numa denominação religiosa. Não! Eles são adeptos ou membros desta religião. Sendo “filhos das mulheres fecundas (ou produtivas) ”, que multiplicam a semente do marido delas (o mundo) por uso natural. Estes filhos se congregam no dogmatismo da mãe que caracteriza a semente que lhes gerou. Sendo também mundano, segundo a semente que lhes gerou.
A igreja de Jesus Cristo sendo uma “mulher estéril”, ela não pode se multiplicar em número como quer e quando quer, pois o próprio Senhor é que acrescenta-lhe os filhos nascidos segundo a Sua vontade, manifestado na Palavra da promessa.
“Eis que és estéril, e nunca deste à luz; porém conceberás, e terás um filho”. A Palavra da promessa: Eis a semente que gerou Sansão, Isaque, Jacob, José, Samuel, João Baptista… Os filhos da estéril.
E que diz a Palavra da promessa para nós?
Is.54:1-7: “Canta, alegremente, ó estéril, que não deste à luz; exulta de prazer com alegre canto, e exclama, tu que não tiveste dores de parto; porque mais são os filhos da desolada, do que os filhos da casada, diz o Senhor. Amplia o lugar da tua tenda, e estendam-se as cortinas das tuas habitações; não o impeças; alonga as tuas cordas, e firma bem as tuas estacas. Porque transbordarás para a direita e para a esquerda; e a tua posteridade possuirá as nações e fará que sejam habitadas as cidades assoladas. Não temas, porque não serás envergonhada; e não te envergonhes, porque não sofrerás afrontas; antes te esquecerás da vergonha da tua mocidade, e não te lembrarás mais do opróbrio da tua viuvez. Pois o teu Criador é o teu marido; o Senhor dos exércitos é o seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor, que é chamado o Deus de toda a terra. Porque o Senhor te chamou como a mulher desamparada e triste de espírito; como a mulher da mocidade, que fora repudiada, diz o teu Deus. Por um breve momento te deixei, mas com grande compaixão te recolherei”
Entenderam isso? O Esposo dessa Igreja é o próprio Deus. Ela não é casada com o mundo. Mulher estéril, ela até aqui não deu luz. Por um pouco de tempo fez figura de mulher fraca e pobre. Todavia, todas as promessas lhe dizem respeito: porque é ela que foi eleita Esposa do Criador. A sua semente, como a de Rebeca, possuirá a porta dos seus aborrecedores.
Tal como Isaque, o filho de Sara, a mulher desprezada, herdou as promessas feitas à Abraão. Sim, a verdade revelou-nos que em Isaque que Deus nomeou uma posteridade a Abraão. E, pouco importa, se Sara por um momento teve que se sujeitar a zombaria da Agar, a falsa esposa; ela era a esposa eleita. Para reinar sobre o seu povo, e sustentar a vida no tempo em que a fome assolou toda a terra foi José, o filho da estéril que Deus escolheu para esse ministério.
Mesmo sim, Eli foi sacerdote diante de Deus por um tempo; foi Samuel, o filho de estéril, que Deus escolheu para julgar o seu povo. Escolheu também João Baptista, o outro filho da estéril, para ser o Seu profeta, o portador da Sua Palavra… aquele que devia preparar a Sua vinda. Deus não escolheu os sacerdotes do judaísmo, não! Pois, estes são filhos da mulher fecunda; que dá luz à filhos por uso natural.
Somos os filhos da estéril! Nascidos segundo a vontade de Deus e pelo poder da Palavra da promessa. Para conduzir o Seu povo; para trazer a Sua revelação aos homens numa determinada geração; para alimentar ou sustentar o Seu povo nesse tempo em que a fome espiritual assola a terra, etc. Deus levantará um filho da promessa; UM FILHO DA ESTÉRIL. Não um religioso. Seja de que denominação for.
Quem pode receber essa palavra receba!
E quando chegar aquele dia… quem herdará o Seu reino? OS FILHOS DA ESTÉRIL pois. Filhos da verdadeira esposa… FILHOS DA PROMESSA, como ISAQUE. Segundo o que está escrito:
Gal.4: 27-31: “Pois está escrito: Alegra-te, estéril, que não dás à luz; esforça-te e clama, tu que não estás de parto; porque mais são os filhos da desolada do que os da que tem marido. Ora vós, irmãos, sois filhos da promessa, como Isaque. Mas, como naquele tempo o que nasceu segundo a carne perseguia ao que nasceu segundo o Espírito, assim é também agora. Que diz, porém, a Escritura? Lança fora a escrava e seu filho, porque de modo algum o filho da escrava herdará com o filho da livre. Pelo que, irmãos, não somos filhos da escrava, mas da livre”.
Pouco importa a temporária zombaria de que somos objectos da parte dessa semente natural ou carnal que compõe a igreja casada com o mundo: tais filhos de Agar. Pois, se hoje essa semente parece dominante e mais numerosa do que nós na terra (como Ismael o foi na casa de Abraão antes que Isaque seja manifestado), contudo naquele dia… para entrar no reino de Deus, mais serão os filhos da desolada do que os da que tem marido. É assim diz o Senhor! É isso que consta no Seu Conselho soberano! É este: O propósito que Deus executará naquele dia! Pelo que: Alegra-te, estéril, que não dás à luz; esforça-te e clama!
Infelizmente, nem todos receberam poder para compreender essa Verdade. Bem-aventurado porém, aquele à quem tal graça foi feita!
Que Deus os abençoe e os guarde para a Sua vinda!