“Monte grande”, é isto que representava a grande oposição à reconstrução do templo da parte dos inimigos do povo de Deus liderados pelos seus governadores.
Assim como o alicerce do templo de Jerusalém ficou enterrado debaixo das ruínas que se levantavam como um monte grande ao ponto de ocultar a primeira pedra; Jesus Cristo, a nossa pedra angular e Sua doutrina que é segundo a piedade, e que constitue o fundamento original ou primitivo da Igreja, foram também sepultados debaixos das prescrições litúrgicas, os dogmas, ritos e outros credos inspirados pela grande prostituta (Apoc.17): a religião de Roma, organização do Anti-cristo. Assim diz o Senhor: “Eis que estou contra ti, monte que destróis toda a terra” (Jer.51:25). A expressão “Toda terra” pode também se traduzida por “católica” que significa “universal”.
Qual é pois a verdadeira identidade deste monte universal? BABILÔNIA (ver no v.24). O que que isto representa para a Igreja hoje? A mesma coisa! A mulher de Apocalipse 17 tem também o mesmo nome: BABILÔNIA, A GRANDE, A MÃE DAS MERETRIZES (denominações ou organizações religiosas que se prostituem com outros “deuses”) E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA (as doutrinas estranhas – de demónios – que blasfemam o Grande Nome de Deus e Seus santos). Este nome, disse o anjo que falava com João é um mistério. Qual? O mistério da iniquidade que JÁ OPERA no nosso meio, trazendo consigo a grande apostasia que vivemos actualmente, e que prepara a vinda e o curto reinado do Anti-cristo (2Tes.2:7-10).
Poderá ela portanto invalidar o Conselho de Deus? Pois não! O QUE DEUS DETERMINOU, ISSO FARÁ. O QUE ELE FEZ CONHECER DESDE O PRINCÍPIO, ISSO ACONTECERÁ! (Is.46:10). E, para esse efeito Deus tem um homem de Seu Conselho. “Quem és tu, ó monte grande? Zorobabel te transformarás em planície”.
“O que é já existiu; o que está para ser, também já existiu”. Mas, ninguém nesta geração que aguarda a segunda vinda do Cristo se lembra das coisas passadas na Sua primeira vinda. Quando pelo ministério de João Baptista, a “Voz que clamava no deserto” preparava o caminho do Senhor. Porque naquele dia: Todo o vale foi levantado, e os montes e altos foram abatidos, o terreno acidentado foi planificado, e o terreno escarpado foi aplanado (Is.40:3,4; Mat.3:3-10). O que que houve? Um cataclismo natural? Pois não! A sabedoria de Deus compara as coisas espirituais com as espirituais. Tais os vales, todo o povo humilde (pobres em espírito), até os publicanos, reconheceram pela essa mensagem a justiça de Deus e foram baptizados confessando seus pecados; e, tais os montes e altos, os fariseus, saduceus, e outros intérpretes da lei (a raça de víboras) rejeitaram o Conselho de Deus revelado nesta mesma mensagem. Sim, em verdade vos digo, por tão alto que possa vir à ser a árvore infrutífera, grande também será a sua queda. Quem pode entender isso, entenda! Porque, assim será para todos essas igrejas que se justificam a si mesmo pelas suas próprias doutrinas e todos esses servos que tiram sua glória dos homens e não de Deus. Hoje também, o machado já está posto nas raizes de tais árvores. Bem-aventurado o homem que aceita a correcção!
Hoje também, a mensagem da Palavra de Deus revelada no último tempo pelo ministério do Espírito sobre os filhos dos profetas, segundo a promessa, desvendam toda a miséria espiritual dessas igrejas e seus líderes (os montes e altos) que presumem serem ricos, mas que segundo a Verdade de Deus, não o são (Apoc.3:17). O mistério do pecado é desnudado pela Palavra de Deus, e todas as astúcias e engano do diabo nos meios da sedução são revelados aos santos. E como diz Daniel o profeta: “Os sábios entenderão, mas nenhum dos impíos (transgressores do mandamento do Senhor) poderá entender” (Da.12:4,9,10). Bem-aventurado o olho que vê essas coisas e o ouvido que escuta essas palavras!
Apesar da grande apostasia, muitos serão purificados pela mensagem Palavra de Deus que é segundo a Verdade neste último tempo. Pois, é nos momentos extremamente difíceis que Deus cumpra sempre suas promessas. Amem! E geralmente, quando todas as circuntâncias testificam do contrário. Neste aspeito, a Bíblia abunda em provas, confirmando o grande poder de Deus e Sua vontade soberana que não pode ser aniquilada. Pelo que testificamos que nada é impossível à Deus.
“Quem és tu, ó monte grande? Diante de Zorobabel serás uma campina”. Aqui está a perseverança dos santos: pela “mensagem da restauração” a obra da reedificação da verdadeira Igreja de Jesus (o pequeno rebanho) va se efectivar. Apesar das aparências, dos escândalos, da oposição, etc... Pois, o Senhor Jesus virá brevemente buscar Sua Igreja. E, esta Igreja segundo o que está escrito deve se apresentar diante dEle como uma Esposa gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas sim santa e sem defeito (Ef.5:27). Em outras palavras esta gloriosa igreja deve se desfazer de toda a imundícia das doutrinas estranhas e andar ao encontro de Cristo sem dogmas, nem ritos, nem credos ou coisas semelhantes. Amem! Entretanto hoje, o fundamento original está sepultado debaixo dos escombros dessas prescrições humanas (as doutrinas das denominações cristãs). Onde passou a Verdade? Mas Deus prometeu que a Verdade primitiva será reconquistada e pelo Seu Espírito readquirida, recuperada, ensinada e crida pelos santos nesta última hora.
Tal como “O Senhor entrando no Seu Templo” no começo, assim será no fim quando a cabeça virá se juntar ao resto do corpo e o edifício completo se levantará para o trono de Deus.
Bem-aventurados os que aceitam o colírio de Cristo para ungires seus olhos afim de ver essas coisas que Deus reservou para nossa glória (Apoc.3:18) e reconhecer a promessa dessa hora que vivemos!
“Porque, quem despreza o dia dos humildes comeos, esse alegrar-se-á, vendo o prumo na mão de Zorobabel. Aqueles são os olhos do Senhor, que percorrem toda a terra”
É esse caracterizado hoje, pelo fraco e humilde começo desta gloriosa obra da restauração da Igreja visando a reconquista da glória passada; quando Jesus Cristo, a arca da aliança andava no meio dos santos cuja alma (não digo “almas” como se se tratasse de muitas, pois a multidão dos crentes era uma só alma, um só coração) respirava o temor de Deus. Que diz a escritura? “Se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo” (Apoc.3:20). Essa é para nós! Mas, quem dá credito ao que é anunciado neste dia da parte do Senhor? Assim como aconteceu no tempo da reconstrução do templo de Jerusalem, quando muitos zombadores incrédulos olhavam pelos edificadores e os desprezavam: “Que fazem estes fracos judeus? Alguém lhes permite isso? Acabarão a obra num só dia? Vivificarão dos montões do pó as pedras que foram queimadas?... Ainda que edificam, vindo uma raposa derrubará facilmente o seu murro de pedra”.(Neemias 4:2,3). Neste fim do tempo também, muitos são os zombadores (2Pe.3:3,4), os incrédulos, a força da oposição, as calúnias, etc., que se levantaram no mundo. Mas, uma coisa é certa todos eles ignoram o prumo que está nas mãos dos edificadores: os sete olhos de Deus que percorrem toda a terra e sondam todas ascoisas.
Pois que? O Espírito de Deus sonda todas as profundezas e, “não há encoberto que não venha à ser revelado, nem oculto (escondido) que não venha a ser conhecido” (Mat.10:26).
Tal é a obra do Espírito Santo pelo ministério desses “filhos” que herdam a promessa feita aos seus pais, os profetas a quem Deus revelou, primeiramente, Seu Conselho (Am.3:7). Não há pois mistério nenhum que não venha a ser revelado nesse fim do tempo. Aqui está o prumo nas mãos dos edificadores da obra de Deus neste último tempo. Nisto reconhecereis os que Deus enviou à vós outros.
Nem por força de estudos bíblico ou teológico, nem por violência ou poder de sacrifícios (jejuns, retiros, orações multiplicadas...), nem pelo poder material ou financeira; o prestígio de tal organização religiosa ou tal outra; nem pela fama desses pastores que a si mesmos se apascentam e, semelhantes à estrelas errantes, viajam de um canto para outro do mundo, seguindo o caminho de Caim, e movidos pela ganância se precipitam no erro de Balaão; difamam as coisas que não entendem e, mesmo nas coisas que compreendem por instinto natural se corrompem como brutos irracionais...mas sim, “pelo Meu Espírito, diz o Senhor”, a Igreja será restaurada.
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