“Sedes meus imitadores, como também eu de Cristo. E louvo-vos irmãos, porque em tudo vos lembrais de mim, e retendes os preceitos como vo-los entreguei”(lCor.11:1,2).
Quem é um plagiário? Senão aquele que não tem inspiração própria. Um
indivíduo sem criatividade; sendo incapaz por si só de conceber algo original. E um copiador que dedica seu tempo à imitar o que um outro antes dele fez.
Plagiário? E o que somos todos peste mundo. Cada um de nós cabulando o seu modo de vida ou a sua maneira de agir, do seu ídolo preferido.
Tal político tem em tal outro que o antecedeu, o seu modelo de vida ou filosofia governativa; tal músico, jogador ou atleta, fazendo o mesmo...; como que: somos todos plagiários uns dos outros!
Hoje, faço destas coisas uma aplicação à obra do ministério no que toca a pregação do EVANGELHO DA SALVAÇÃO.
Hoje em dia, muitos pregadores ou profetas se têm levantado na terra, em cumprimento das profecias bíblicas (Mat.24:4,5,11; 2Tes.2:1-3, etc.), e com eles o engano que arrebata muitas almas frequentadoras de igrejas para o inferno, com promessas de libertação, bem-estar social, boa saúde, enfim...!
Cada religião gerou um modelo de adoração carc4ceíizada por uma mistura de elementos da doutrino de Deus com os dogmas, ritos, credos ou superstições dos povos onde este Evangelho é anunciado (Is. 28: 9-15).
Esta fraude produziu por sua vez um EVANGELHO SOCIAL ou EVANGELHO DE SOCIEDADE que traduz os interesses singulares destes povos; assim como os interesses dos Estados e dos seus governantes do que a própria vontade de Deus revelada em Jesus Cristo: Autor e Consumidor da fé para a Salvação.
A procura deste “Evangelho social” ou “de Sociedade” suplantou o interesse pelo “Evangelho da Salvação”. E, já que a crença popular não suporta mais a sã doutrina primitiva da fé cristã (lTim.4:1,2); tendo encontrado refúgio na mentira e esconderijo na falsidade, os pastores que não aceitam trocar o evangelho da salvação com o evangelho populista das suas respectivas sociedades; os que se apegam na Verdade de Deus, querendo desviar-se deste mal, arriscam-se, não só à ser desacreditados pela opinião pública, como também à serem despojados da sua liberdade de adorar.
Em consequência disto, a verdadeira Igreja do Cristo (examinem as Escrituras e hão-de ver que ela foi sempre minoritária desde o seu começo) é humilhada, desconsiderada e encarada como “seita” por não defender, ou melhor traduzir nos seus ensinamentos, as aspirações laicas e temporais dos homens. Em outras palavras: por não apregoar o tal “Evangelho de sociedade”.
Mas, parafraseando o Apóstolo Paulo, confrontado na sua geração com o mesmo aperto, quero também afirmar, hoje, o seguinte: “Conforme aquele caminho que chamam SEITA:
assim sirvoà Deus dos nossos pais,
crendo tudo quanto está escrito na lei e
nos profetas (Act.24:14)
É justamente aqui onde se encontra a questão: o testemunho dos que falam hoje da salvação, traduzindo o interesse soberano de Deus para os homens e não os interesses dos homens para com Deus, não deve fugir dos ensinamentos das testemunhas que nos antecederam na obra da salvação.
“Não há nada novo debaixo do sol... o que foi é o que será” (EcL1:9-11). Sabiam que os profetas como Jeremias e Mica e não só..., viram os seus ministérios e actuações extremamente contrariados e oprimidos pelos “profetas do rei e dos povos”, assim como pelos próprios reis da época? Ao ponto de sofrer açoites e prisões por anunciar a Verdade que nem esses reis, nem esses povos estavam dispostos à receber? Porque? Pela preponderante razão que
contra o seu testemunho, se
levantavam as homilias, profecias e promessas de abundância, felicidade, bem-estar, enfim no boca dos contemporâneos “profetas populares” ao serviço de reis e não de Deus. Os que como dizia o Senhor Jesus em Mat.23:5,7: dão nas vistas dos homens, dos quais recebem honra nos lugares públicos. Sacerdotes populistas as quais são reservados as primeiras cadeiras e lugares nas festas e manifestações públicas. “O que foi é o que será”.
Mas à quem nos assemelharemos pois? Aos famosos e honrados profetas “legalizados”.., com ‘estatuto jurídico”, ou então aos desprezados e desconsiderados profetas de Deus e suas seitas? Há que escolher]
Lembrai-vos do que eu disse no princípio? Somos todos plagiários! Mas de quem?
Plagiário ou imitador? Eu o sou de todos os verdadeiros servos de Deus que ministraram à seus tempos, e não me envergonho disso.
Disse Paulo: “Sedes meus Imitadores como eu o sou de Cristo”. Pois que? Assumo-me nesta derradeira geração como imitador (plagiário) do Paulo. Não no seu “modo de vida”, mas sim na sua ‘maneira de agir da parte de Deus”. Isto é: não para viver a vida de Paulo, mas sim para pregar corno ele pregou. O MODELO DA FE, é isso que devemos imitar num verdadeiro servo de Deus. E, se alguém insinuar que sou “paulista” direi: NÃO! NÃO! NÃO!
Quero apenas dizer que sou imitador de Paulo NA MEDIDA QUE ELE TAMBÉM É UM PLAGIÁRIO DE CRISTO. O
que quer dizer que tudo que Paulo dizia ou ensinava, ele, mesmo o recebia de Cristo (Gal.1:11,12,15,16, etc.). Pelo que fizemos bem de guardar os preceitos da doutrina de Deus tal como ele no-los entregou. Aqui está o FUNDAMENTO ÚNICO da fé para a salvação. Todo o resto é para a ruína das almas.
Ora... não é tudo! O próprio Senhor Jesus Cristo do qual Paulo se reclama plagiário, afirmou muitas vezes e de muitas maneiras ser também um plagiário ou Imitador de Deus (Jo.5:30; 6:38; 7:16,17, etc.).
Pois que? Eu imitando Paulo; este imitando Jesus Cristo que por sua vez é imitador do Pai Celestial.
Isto significa para os que tem entendimento que não existe um outro Evangelho; existem apenas obreiros fraudulentos, cuja condenação já foi escrita (alguns deles muito famosos e honrados pelos homens), que querem perturbar a verdadeira fé cristã, transtornando o Evangelho do Cristo (GaI.1:6-8): o único Evangelho dado aos homens para a salvação, e que se resume por estas palavras: “Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos Seus servos...” (Apoc.1:1). É este Evangelho único que caracteriza os ensinamentos e preceitos da doutrina primitiva da fé.
Pelo que, neste dia da grande apostasia, exorto os verdadeiros eleitos à se lembrar em tudo desses preceitos e à guardá-los TAIS COMO NOS FORAM ENTREGUES DESDE O PRINCÍPIO (lJo.1:1- 4). Pois, quem honra o verdadeiro instrumento de Deus, honra o próprio Deus. Fica pois aqui esta advertência à Igreja dos primogénitos cujos nomes são
inscritos no céu: “ACONTECE O QUE ACONTECER, PERMANECEI NO FUNDAMENTO”. É, ASSIM DIZ O SENHOR!
Quem pode receber essas palavras receba!
Que Deus os abençoe!