O USO DO VÉU NO CULTO

            “Toda a mulher que ora ou profetiza, com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada. Portanto se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu… Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal do poderio, por causa dos anjos… Mas, se alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus” (1Cor.11 :5-16).

Existe uma certa interpretação nas igrejas que confunde o véu de que fala a escritura aqui, do cabelo naturalmente crescido da mulher. Não! Se meditarmos a Palavra de Deus com ajuda do Espírito Santo, ao invés de tenta interpretá-la, iremos sem dúvida compreender a Verdade de Deus e não emitir à nossa própria opinião sobre este elemento fundamental da Sua doutrina.
Quero que, neste ultimo tempo da dispensação da graça, todos os eleitos que fazem parte da Igreja do Cristo tirada das Nações, reconhece o apóstolo Paulo como o incontestável sábio arquitecto que deitou o fundamento sobre o qual é edificado a fé da Igreja das Nações, e sobre o qual todos nós (falo das igrejas dos santos) devemos obrigatoriamente edificar hoje, sem possibilidade de deitar um outro, nem “remover o limite antigo deixado pelos nossos pais”. Se isso for aceite, quero agora que, antes de cairmos nas nossas próprias interpretações sobre este capítulo importante do “uso do véu nas igrejas”, possamos prestar atenção nas palavras de introdução do apóstolo quando disse:
 “Sede meus imitadores como também sou de Cristo. E louvo-vos irmãos, porque em tudo vos lembrais de mim, e retendes os preceitos como vo-los entreguei.Ora, um “imitador” é um “plagiário” ou “copista”. Isto é: aquele que não faz nada dele mesmo. O que quer dizer que tudo que Paulo dizia ou ensinava, ele, mesmo o recebia de Cristo (Gal.1:11,12,15,16, etc.). Pois que? Nesses preceitos que fazem o fundamento da nossa fé, e que Paulo nos exorta à retermos tal como no-los entregou a Palavra da revelação nos ensina claramente que a mulher não deve orar ou profetizar com a cabeça descoberta, mas antes, deve se cobrir com um véu.
Agora, eu não posso acreditar que quando o Espírito Santo transmitia essas coisas à Paulo, as mulheres nessas igrejas dos santos, tinham abandonado o hábito de deixar crescer o cabelo. Não! Indispensável pois é, saber discernir a diferença que existe entre: uma “cabeça sem véu” e “uma cabeça rapada” ou “tosquiada”. A primeira é uma cabeça descoberta ou nua; enquanto a segunda é uma cabeça sem cabelo; porém, rasaou lisa. Ora, o apóstolo ensina que a mulher deve se cobrir a cabeça nas igrejas de Deus. Mas, para aquelas que não quer cobrir-se com um véu, disse então: “Portanto se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também”. Notaram o “também”? Isto significa numa linguagem mais corrente que: toda mulher que nega de se cobrir com o véu (ou de pôr uma mantilha sobre a cabeça) é, aos olhos de Deus, semelhante ou idêntica àquela que estivesse rapada. Pelo que neste caso, quem nega o uso do véu devia tosquiar-se. Mas, se achar que tal coisa (prática) é indecente; então para que não aparece a vergonha da sua nudez (diante de Deus à quem rendemos esse culto e não aos homens), seria conveniente que se cobrisse com o véu. Não há polémica sobre esta matéria!
Mas, para esses que são ainda lentos à compreender essas coisas de Deus reveladas aqui, o apóstolo recorre à uma ilustração natural da mulher, à quem Deus beneficiou de cabelo crescido. Este cabelo comprido é na natureza, uma figura de véu para a mulher. Ao passo que o cabelo curto do homem, descobre a cabeça deste (comparativamente à mulher, claro).
Ora, substituir agora o véu, cujo uso é recomendando nas Igrejas de Deus pelo cabelo crescido, seria nem mais, nem menos uma conclusão precipitada e infeliz. Senão, que diremos em relação a mulher negra que, é por natureza de cabelo mais curto em relação a mulher branca? E, no que toca o homem? Esqueceríamos que a mesma Escritura diz também que: “O homem não deve se cobrir a cabeça”quando ora ou profetiza? Que interpretação se dará então nisso? Pois, a única interpretação correcta da Palavra, neste caso, nos revela que o homem não pode pôr algo sobre a sua cabeça, quer cabeluda, quer não. Todo o contrario do que fazem os sacerdotes das igrejas romanas, ortodoxas, e outras… que celebram as suas missas com a cabeça coberta.
A Palavra de Deus nos ensina claramente que, quando a Verdade do Evangelho é desvendada na Igreja pelo Espírito Santo enviado do céu sobre um pregador, até os anjos ficam atentos nestas coisas (1Pi.1:12). E, essa mesma Palavra revela que, por causa desses anjos, a mulher dentro das Igrejas de Deus devem ter sobre a cabeça uma marca da autoridade ou poderio do homem, de onde foi tirada e de quem depende. Eis o que representa este véu: a mantilha ou cobertor que ela põe sobre a cabeça.
Temos um exemplo categórico desta Verdade que defendemos aqui com a Rebeca: enquanto se aproximava do encontro com o seu esposo, ela viu Isaque se aproximar de longe. E, quando foi-lhe revelada a identidade do homem que vinha ao seu encontro, ela tomou o véu e cobriu-se a cabeça (Gen.24:65). Ela não esconde o seu rosto com o seu cabelo comprido. Não, meus senhores! Ela pôs sobre a sua cabeça uma marca da autoridade do homem de quem dependeria. Enquanto estamos nisso, é bom notar que a Palavra ordena à própria mulher de se cobrir a cabeça com um véu; pelo que não seria Deus à fazer isso para ela. Ora, se Deus já tinha dotado a mulher de cabelo crescido como se de um véu natural se tratasse, porque pois daria ainda este preceito: “Cobre-se com um véu”? Entenda quem puder!
Observai mais uma vez comparativamente as duas mulheres de Apocalipse 12 e 17, e notareis certamente que, a Igreja no Apoc.12 tem sobre sua cabeça a marca da autoridade de quem depende (a coroa), ao passo que a do Apoc.17 está com cabeça descoberta. A primeira é uma esposa sujeita que reveste a doutrina do Esposo da cabeça aos pés, enquanto a segunda não tem nenhuma marca de poderio de quem está sujeita. É uma meretriz, pois não? Quem pode receber essas palavras, as recebe!
Pelo que, digo-vos neste dia da restauração de todas as coisas: Quer tenhais cabelos crescidos, quer não; tosquiada ou rapada… usem o véu NAS IGREJAS! É um PRECEITO DO SENHOR! Mas, se alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus!

 

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